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Itamaraty: decisão dos EUA de proibir viajantes do Brasil foi "técnica"

Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro durante reunião bilateral às margens do G20 em Osaka, no Japão - KEVIN LAMARQUE
Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro durante reunião bilateral às margens do G20 em Osaka, no Japão Imagem: KEVIN LAMARQUE

Do UOL, em São Paulo

24/05/2020 22h00Atualizada em 25/05/2020 07h42

Horas após os Estados Unidos anunciarem a proibição da entrada de estrangeiros vindos do Brasil em seu território, o Ministério das Relações Exteriores reforçou em nota que ambos os países "têm mantido importante cooperação bilateral no combate à covid-19".

A pasta também reforça a informação divulgada pelo ministro Ernesto Araújo,de que o país fará doações para ajudar no combate à doença no Brasil.

Segundo o Itamaraty, "a decisão do governo dos Estados Unidos de suspender temporariamente a entrada de viajantes provenientes do Brasil, anunciada hoje, tem teor idêntico a medidas anteriores que suspenderam a entrada de viajantes de outros países afetados pelo Covid-19, como China, Irã, Reino Unido e Irlanda, bem como os países que fazem parte do Espaço Schengen da União Europeia".

Leia a íntegra da nota:

"Brasil e Estados Unidos têm mantido importante cooperação bilateral no combate à Covid-19.

Já foram foram anunciadas doações norte-americanas de cerca de US$ 6,5 milhões para os esforços brasileiros de mitigação dos impactos à saúde e socioeconômicos da Covid-19.

No dia de hoje, 24 de maio, representantes da Casa Branca anunciaram, ademais, doação de 1000 respiradores ao Brasil.

A decisão do governo dos Estados Unidos de suspender temporariamente a entrada de viajantes provenientes do Brasil, anunciada hoje, tem teor idêntico a medidas anteriores que suspenderam a entrada de viajantes de outros países afetados pelo Covid-19, como China, Irã, Reino Unido e Irlanda, bem como os países que fazem parte do Espaço Schengen da União Europeia.

A medida não proíbe vôos para os EUA ou para o Brasil.

A decisão do governo dos EUA baseou-se em critérios técnicos, que levam em conta uma combinação de fatores tais como os casos totais, tendências de crescimento, volume de viagens, entre outros.

A restrição americana tem o mesmo propósito de medida análoga já adotada pelo Brasil em relação a cidadãos de todas as origens, inclusive norte-americanos, e de medidas semelhantes tomadas por ampla gama de países.

Assim como a medida brasileira, a decisão adotada pelas autoridades norte-americanas prevê uma série de exceções, como cidadãos com vistos de residente, familiares de cidadãos estadunidenses, viajantes a convite do governo dos EUA, tripulantes de aviões e navios, funcionários do corpo diplomático e seus familiares, funcionários da Organização das Nações Unidas, entre outros.

As restrições não afetam o fluxo de comércio entre os dois países."