Forças nigerianas mataram pelo menos 10 mil em prisões ilegais, diz Anistia
Um novo relatório da Anistia Internacional alega que pelo menos 10 mil pessoas (muitas delas crianças) morreram enquanto estavam aprisionadas ilegalmente por forças de segurança do governo nigeriano.
A organização diz que dezenas de milhares de outros foram detidos ilegalmente durante um conflito de uma década do governo contra grupos jihadistas. A informação é do The Guardian.
Confundidos com o inimigo
De acordo com o relatório, muitas das vítimas em questão eram civis que fugiram de suas casas para escapar da violência do Boko Haram, principal grupo jihadista que o governo combatia. No entanto, membros do Exército ou milícias os prenderam sob suspeita de colaborar com o inimigo.
A Anistia alega que, nessas prisões ilegais, os civis sofreram tortura, abuso sexual e foram detidos por anos sem direito a julgamento ou cuidados médicos, em "condições inumanas".
Envolvimento internacional
Uma das prisões denunciadas no relatório era parcialmente fundada pelo governo do Reino Unido e outros doadores internacionais. Oficialmente, o local era sede de um "programa de reintegração" para jihadistas arrependidos.
Joanne Mariner, porta-voz da Anistia, disse que uma investigação sobre estas acusações é "urgente". "É difícil de acreditar que crianças em qualquer lugar do mundo tenham passado por coisas assim", comentou.
Resposta
O coronel Sagir Musa, diretor de relações públicas do Exército nigeriano, disse que as acusações são falsas.
"Não há nenhuma base para essas denúncias. O Exército nigeriano nega categoricamente todas elas, e nenhum grupo conseguiu contradizer nossa posição até agora", declarou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.