Jornalistas são presos e agredidos durante protestos raciais nos EUA
Na última sexta-feira, o vídeo do jornalista Omar Jiménez, da CNN, sendo preso durante os protestos raciais em Minneapolis rodaram o mundo.
Os protestos começaram depois da morte de George Floyd na última segunda-feira. Floyd, um ex-segurança foi parado em uma abordagem policial e um dos agentes ficou ajoelhado sobre o seu pescoço por mais de oito minutos, enquanto ele dizia que não conseguia respirar.
Há uma semana, todas as noites, a população sai às ruas para protestar contra a morte de mais um homem negro pela polícia.
O Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciou outros casos de violência policial contra repórteres que estão trabalhando na cobertura dos protestos nos EUA.
"As autoridades das cidades dos EUA precisam instruir a polícia a não atacar jornalistas e garantir que possam denunciar com segurança os protestos sem medo de ferimentos ou retaliação", pediu o órgão em nota.
No sábado, a repórter Molly Hennessy-, do Los Angeles Times, relatou que quando um grupo de repórteres e fotógrafos se encontraram com a polícia e se identificaram como imprensa, foram atacados por gás lacrimogêneo à queima-roupa.
E ontem, a mesma repórter mostrou nas redes sociais lesões que sofreu no braço após ser atingida por uma bala de borracha.
A fotógrafa Linda Tirado também recebeu um tiro de bala de borracha, contudo no olho. Tirado acredita que perdeu a visão esquerda definitivamente.
Em Nova York e Minneapolis, os relatos de ataques com sprays de pimenta se multiplicaram durante o fim de semana.
A polícia de Nova York também prendeu dois jornalistas, um da CNN e outro do Huffington Post.
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