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Rússia vota em julho as reformas que podem deixar Putin no poder até 2036

Emendas constitucionais seriam votadas em referendo em abril, mas pandemia adiou os planos - Alexey Nikolsky/AFP
Emendas constitucionais seriam votadas em referendo em abril, mas pandemia adiou os planos Imagem: Alexey Nikolsky/AFP

Do UOL, em São Paulo

01/06/2020 11h50Atualizada em 01/06/2020 13h20

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje em uma reunião com autoridades que a votação em um referendo sobre as novas emendas constitucionais do país vai ocorrer no dia 1º de julho.

Segundo o jornal The Moscow News e a rádio WKZO, Putin disse na reunião com membros da votação que "de fato, 1º de julho parece uma data bastante adequada para realizar a votação russa", após o chefe do Comitê Central das Eleições, Ella Pamfilova, propor o dia.

A votação estava prevista para o dia 22 de abril, mas foi adiada após a pandemia do novo coronavírus.

As medidas foram anunciadas em janeiro e é a primeira revisão na Constituição da Rússia. Ela foi adotada em 1993.

Na ocasião do lançamento das medidas, Putin disse que "essa opção seria possível, mas com uma condição: se o Tribunal Constitucional russo concluir oficialmente que tal emenda não é contrária à lei fundamental" e se "os cidadãos apoiarem essa emenda".

As reformas na Constituição russa já foram aprovadas no Parlamento e pelo Tribunal Constitucional. Se elas forem aprovadas e entrarem em vigor, o mandato de Putin seria zerado e, a partir de 2024, ele poderia se eleger por mais dois mandatos novamente — ficando até o ano de 2036.

Putin foi indicado como primeiro-ministro em 1999. Em 2000, com a renúncia de Boris Yeltsin por questões de saúde, Putin assumiu a presidência até 2008. No mesmo ano, ele voltou a ser premiê, encerrando o posto em 2012 e, mais uma vez, retornando como presidente.