'Ninguém deveria perder o pai assim', diz filho de George Floyd
Um dos filhos de George Floyd se manifestou hoje ao retornar ao local onde o seu pai, um segurança negro de 46 anos, foi asfixiado até a morte por um policial branco na cidade americana de Minneapolis. Ao lado do advogado da família, Quincy Mason Floyd voltou a pedir justiça.
"Quero tentar justiça para o meu pai. Nenhum homem ou mulher deveria perder o pai assim. Queremos justiça", disse Quincy, visivelmente emocionado. "Agradeço todo o suporte de vocês, todo o apoio", acrescentou.
Quincy é o filho mais velho de Floyd, com 27 anos. Ele ficou sabendo da morte do pai pela televisão porque vive há mais de 15 anos no Texas e não mantinha contato com George.
Quincy estava acompanhado do advogado Ben Crump, que reforçou sua intenção de conseguir o indiciamento não só do policial Derek Chauvin, que asfixiou Floyd, mas também de todos os outros três agentes que estavam presentes no momento da abordagem.
"Os demais são cúmplices pelo silêncio e não tiveram nenhuma reação no momento da abordagem que acabou com a morte trágica", afirmou Crump. "O pedido de ajuda no momento foi para todos (os policiais)", completou o advogado, que já conseguiu a prisão e o indiciamento por homicídio de Chauvin.
"Acredito que todo ser humano que tenha humanidade está horrorizado. A pergunta é: por que os policiais não estão horrorizados? Eles são igualmente culpados pela morte de George, assim como o policial que foi preso", disse Crump.
O advogado aproveitou para agradecer por toda a mobilização em torno do caso, que tem levado a protestos nos Estados Unidos e pelo mundo. Depois de mais de uma semana de atos em território americano, as manifestações chegaram à Europa, com atos antirracistas em Paris e Londres.
"A resposta do mundo tem sido reconfortante, a família recebe como uma bênção", disse Crump, lembrando que Floyd seria a favor de protestos pacíficos e o próprio segurança já havia participado de marchas contra o racismo em vida.
"É muito importante saber quem era George. Ele acreditava em protestos pacíficos", disse o advogado.
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