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EUA: Policial que atirou em homem negro pode ser condenado a pena de morte

O policial Garrett Rolfe, denunciado pelo homicídio de Rayshard Brooks - Reprodução
O policial Garrett Rolfe, denunciado pelo homicídio de Rayshard Brooks Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo*

17/06/2020 17h51

Um policial de Atlanta foi denunciado pelo homicídio de Rayshard Brooks, o afro-americano de 27 anos que morreu no dia 12 de junho após ser atingido por tiros em um estacionamento, anunciou hoje o promotor do distrito, Paul Howard.

Howard disse que Garrett Rolfe não tinha justificativa para atirar, porque "no momento em que Brooks foi abatido, não representava ameaça imediata de morte ou ferimentos físicos graves para os policiais".

Outro agravante, segundo o promotor, foi chutar o corpo enquanto estava a vítima estava no chão, sangrando. Segundo Howard, caso seja realmente condenado por homicídio, o policial pode pegar prisão perpétua e até a pena de morte.

Rolfe vai enfrentar 11 acusações criminais. Já o segundo policial no local, Devin Brosnan, enfrentará três acusações, incluindo agressão grave por pisar no ombro de Brooks depois que ele foi baleado, disse o procurador.

Rayshard Brooks dormiu dentro do carro e bloqueou a fila do drive-thru de uma lanchonete. Por volta das 22h30 (horário local, 23h30 de Brasília), o homem foi abordado por dois policiais, que realizaram nele um teste de alcoolemia e tentaram prendê-lo.

Brooks se envolveu em luta corporal com os policiais e tentou fugir, mas acabou baleado.

A morte elevou os protestos em defesa das vidas negras que já vinham ocorrendo nos Estados Unidos em razão da morte de George Floyd, um cidadão negro morto após um policial branco sufocá-lo com o joelho por quase nove minutos.

A prefeita Keisha Lance Bottoms, da cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, alterou as regras do Departamento de Polícia para evitar novos casos de violência e mortes

*Com informações da AFP