"Só me ajoelho para a rainha ou minha mulher", diz ministro sobre protestos
Dominic Raab, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, disse que o ato de se ajoelhar, gesto feito em protestos contra o racismo e em apoio ao movimento Black Lives Matter, "é mais um símbolo de subordinação ao invés de um gesto de libertação e emancipação".
Em entrevista à TalkRadio na manhã de hoje, ele disse que não repetiria o gesto. Segundo ele, é uma questão pessoal, mas ele só se ajoelharia para a rainha Elizabeth 2ª e para a mulher.
"Se as pessoas desejam se ajoelhar, a escolha é delas e eu a respeito. Todos nós precisamos nos unir para combater qualquer discriminação e injustiça social. "Eu só me ajoelhei para duas pessoas, a rainha e a minha mulher quando a pedi em casamento", afirmou.
Raab é um dos principais nomes do governo britânico e assumiu o comando do país no período em que o primeiro-ministro Boris Johnson se recuperava da covid-19.
O gesto, que vem sendo repetido por atletas e manifestantes em todo o mundo desde o assassinado do americano George Floyd, cidadão negro morto por um policial branco nos Estados Unidos, foi lançado por Colin Kaepernick em 2016. O jogador da NFL passou a se ajoelhar durante a execução do hino nos jogos em protesto contra a discriminação racial nos Estados Unidos.
No final de semana, alguns jogadores repetiram o gesto na volta da Campeonato Inglês, e outros políticos britânicos também já o fizeram.
Após a repercussão negativa do comentário, Raab tuitou dizendo apenas que "tem muito respeito pelo Black Lives Matter e pelos temas que o movimento defende".
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