Inglaterra reabrirá bares, hoteis e museus no dia 4 de julho
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou hoje que pubs, restaurantes, hotéis, museus e cinemas poderão reabrir no dia 4 de julho na Inglaterra. O governo também vai reduzir a distância de segurança de 2 metros para 1 metro, atendendo a um pedido do setor de gastronomia. Boates, academias de ginástica e salões de beleza permanecem fechados.
"Onde for possível manter a distância de dois metros, as pessoas devem manter", disse Boris ao anunciar as medidas na manhã de hoje no Parlamento britânico. "Mas, onde não tiver, aconselharemos as pessoas a manter uma distância social de mais de um metro, o que significa que elas devem permanecer a um metro de distância para reduzir o risco de transmissão", completou.
Johnson afirmou que esses estabelecimentos serão limitados ao serviço de mesa, ou seja, para reduzir aglomerações e que os funcionários "devem ter o mínimo contato com os clientes".
Embora alguns bares e restaurantes tenham conseguido operar sob serviços de entrega e retirada, eles pediram ao governo para rever a exigência de manter uma distância de 2 metros, pois isso significaria que quando muitas instalações fossem reabertas, eles só poderiam operar com 30% da sua capacidade, o que para muitos seria inviável. Ainda sim, eles não poderão operar na capacidade total das casas e terão que adotar medidas de segurança.
A partir do dia 4, também serão permitidas reuniões de duas famílias diferentes em locais fechados, desde que o distanciamento social seja respeitado.
O Reino Unido está reabrindo gradualmente sua economia enquanto o número de mortes e casos da covid-19 está em queda. O país está entre um dos mais afetados no mundo pela pandemia.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 15 novas mortes pelo vírus, elevando o total desde o começo da pandemia para 42.647, embora algumas estimativas de especialistas coloquem esse número em mais de 53,5 mil.
Fatura da paralisação da economia
A desaceleração econômica de três meses causou uma contração de 20,4% do PIB do Reino Unido em abril, um declínio recorde, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas.
Há uma estimativa de que o país esteja caminhando para o pior trimestre (abril-junho) de declínio econômico de sua história. Isso porque tudo indica que o valor de maio pode estar igualmente baixo antes de uma ligeira alta em junho, devido à lenta saída gradual do confinamento.
Entre os setores mais afetados estão varejo, gastronomia e turismo, que têm apoiado a reivindicação de relaxar a distância de separação e a obrigatoriedade de quarentena e 14 dias para todos os passageiros que chegam ao Reino Unido, o que tem levado o grupo de companhias aéreas IAG, Ryanair e easyJet, a apresentar uma reclamação contra o governo.
Segundo o jornal "Financial Times", a Secretaria de Estado de Finanças britânico vem elaborando orçamentos a serem apresentados no último trimestre deste ano com base em planos para permitir que as empresas adiem o pagamento de impostos e cortes nos gastos públicos, a fim de gerar maior estímulo fiscal na economia.
O secretário de Estado da Economia, Rishi Sunak, consideraria reduções fiscais específicas como o imposto sobre o valor acrescentado para alguns setores, incluindo o turismo, devido à pressão do setor e às solicitações de vários deputados conservadores.
*Com informações da Sky News e Efe
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