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Tribunal arquiva ação contra ex-assessor de Trump que se declarou culpado

Ex-Assessor de Segurança Nacional Michael Flynn tem acusação contra ele rejeitada - Carolyn Kaster/AP
Ex-Assessor de Segurança Nacional Michael Flynn tem acusação contra ele rejeitada Imagem: Carolyn Kaster/AP

Do UOL, em São Paulo*

24/06/2020 12h15Atualizada em 24/06/2020 14h15

O tribunal de apelações dos EUA (Estados Unidos) ordenou hoje que o juiz Emmet Sullivan rejeite e arquive o processo contra Michael Flynn, ex-assessor de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Donald Trump.

Flynn pediu demissão do governo americano em 2017 e se declarou culpado de mentir ao FBI (Departamento Federal de Investigação, em inglês) sobre contatos com um diplomata russo para interferir na eleição de 2016, quando Trump derrotou Hillary Clinton. Na época, o FBI investigava uma suposta participação russa na eleição de Trump.

Em maio, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, retirou as acusações criminais que havia apresentado contra Flynn. Na ocasião, Trump comemorou a notícia e disse que "muita gente vai pagar um alto preço" pela forma como lidou com o caso.

Hoje, após a decisão, Trump voltou a se manifestar sobre o caso, dessa vez no Twitter. Pela manhã, ele escreveu: "Ótimo! O Tribunal de Apelações sustenta o pedido do Departamento de Justiça para suspender o processo criminal contra o general Michael Flynn!".

Mais tarde, ele cobrou desculpas de personalidades políticas americanas, incluindo o ex-presidente Barack Obama e o então vice Joe Biden, que agora concorre ao cargo de Trump.

"James Comey e seu bando de policiais corruptos vão se desculpar com o general Michael Flynn (e muitos outros) pelo que fizeram para arruinar sua vida? E quanto a Robert Mueller e seus companheiros democratas raivosos - Eles vão dizer, DESCULPE? E quanto a Obama e Biden?", escreveu Trump.

A história de Michael Flynn

O caso de Flynn foi um dos mais importantes gerados pela investigação sobre a chamada trama russa liderada pelo procurador especial Robert Mueller, que foi concluída em 2019 após terem sido apresentadas acusações contra diversas pessoas, mas sem provas de uma suposta conspiração eleitoral entre a equipe de Trump e a Rússia.

Flynn, um general que aconselhou Trump sobre política externa durante a campanha eleitoral, permaneceu apenas 24 dias como conselheiro de Segurança Nacional.

O general foi obrigado a renunciar após ter se tornado público que ele mentiu ao vice-presidente dos EUA, Mike Pence, e a outros altos cargos do governo sobre os seus contatos com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak.

No final de 2017, Flynn se declarou culpado por ter mentido ao FBI sobre os seus contatos com Kislyak, mas depois retirou a alegação e tentou combater as acusações, enquanto os advogados argumentavam que houve negligência entre os procuradores e investigadores.

*Com informações da EFE