Policiais envolvidos na morte de Floyd foram treinados para evitar asfixia
Ao menos dois dos quatro policiais envolvidos na morte do norte-americano George Floyd, no fim de maio, foram treinados para evitar a manobra de estrangulamento — exatamente a que levou ao óbito de Floyd —, diz o site da CNN americana. Todos os quatro agentes de polícia estão presos: Derek Chauvin, Tou Thao, Thomas Lane e J. Alexander Kueng.
A CNN confirmou hoje com o Departamento de Polícia de Minneapolis, cidade onde Floyd morreu, que Derek Chauvin e Tou Thao receberam treinamento sobre prevenção à "asfixia posicional", ou sufocamento, em pessoas que são mantidas em posição de bruços ou olhando para o chão.
George Floyd, um cidadão negro, já estava algemado e imobilizado no chão, de bruços, quando o policial Chauvin, branco, se ajoelhou sobre seu pescoço, provocando o sufocamento. Apesar de Floyd repetir várias vezes que não conseguia respirar, Chauvin manteve a posição. Os outros três policiais não o repreenderam pela atitude.
Os policiais abordaram a vítima em resposta a um chamado sobre um homem que tentava usar dinheiro falso para fazer compras em uma loja de conveniência.
Ontem, a chefe da polícia de Mineápolis, Medaria Arradondo, afirmou em comunicado que a morte de Floyd foi um "assassinato" e que o policial que posicionou o joelho sobre seu pescoço "sabia o que estava fazendo", porque havia recebido treinamento específico para prevenir asfixia.
"A trágica morte do senhor George Floyd não se deveu à falta de treinamento, o treinamento estava lá. Chauvin sabia o que estava fazendo", disse Arradondo.
"Os policiais sabiam o que estava acontecendo: um deles intencionalmente provocou isso e os outros falharam em evitar. Isso foi assassinato, não foi falta de treinamento".
De acordo com Arradondo, todos os policiais de Mineápolis foram treinados sobre manobras de sufocamento, um compromisso assumido pelo Departamento de Polícia em 2013.
A CNN procurou os advogados dos ex-oficiais Chauvin, Thao e Thomas Lane para comentar. O advogado do ex-oficial J. Alexander Kueng se recusou a responder na manhã de hoje.
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