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No 4 de julho, Trump exalta EUA e chama pandemia de 'praga da China'

Do UOL, em São Paulo*

04/07/2020 14h24Atualizada em 28/07/2020 16h14

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exaltou a economia do país, mesmo sob os efeitos da pandemia do coronavírus, e voltou a classificar a covid-19 como uma "praga chinesa".

As declarações foram feitas em um discurso de 4 de julho, dia da Independência Americana, publicado pela Casa Branca nas redes sociais.

"Nós tínhamos os melhores indicadores de emprego [no mundo], os melhores números no mercado de ações, nós estávamos indo melhor do que qualquer outro país em toda a história e, então, fomos atingidos por essa terrível praga da China. E nós, agora, estamos próximos de vencer nossa luta contra ela", declarou Trump.

President Trump wishes all Americans a very happy Fourth of July!

Publicado por The White House em Sábado, 4 de julho de 2020

O presidente dos EUA afirmou ainda que muita coisa está acontecendo e que as pessoas ainda não estão vendo, mas verão nos próximos meses.

"Nosso país está retomando, nosso números de empregos são espetaculares (...) nós estamos na direção de uma tremenda vitória. Vai acontecer e vai ser grande. Nosso país ver ser maior do que era antes", disse.

Discurso para 7.500 pessoas aglomeradas

Na noite de ontem, Trump discursou para uma plateia de 7.500 pessoas —muitas sem máscaras— aglomeradas em um anfiteatro ao ar livre no Memorial Nacional do Monte Rushmore, em Dakota do Sul.

O presidente dos EUA não usou máscara em público e fez apenas uma referência limitada à pandemia em seus comentários, referindo-se ao ressurgimento de contágios no sul e oeste que "coloca todo o país em risco", nas palavras de Anthony Fauci, consultor médico da Casa Branca.

Em vez de falar sobre a doença, Trump focou seu discurso na economia. Há quatro meses das eleições presidenciais, o republicano está atrás do democrata Joe Biden nas pesquisas de intenção de voto.

Casos de covid-19 seguem em alta nos EUA

Pouco antes do discurso otimista de Trump, dados da Universidade Johns Hopkins mostraram que o país havia registrado 56.483 novas infecções por coronavírus em 24 horas.

Se a trajetória atual for seguida, Fauci alertou que o país poderia atingir um nível de 100 mil novos casos diários. Vários estados que iniciaram a flexibilização de suas quarentenas recuaram e fecharam praias, bares, entre outras medidas.

Dos 50 estados que compõem os Estados Unidos, 40 registram aumento de casos do novo coronavírus, segundo a agência Associated Press, o que representa 80% do total.

(*Com informações de agências internacionais)