Governo dos EUA desiste de impedir publicação de novo livro sobre Trump
O governo do presidente norte-americano, Donald Trump, desistiu de tentar impedir que Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Trump, publicasse um livro sobre a vida do político.
Segundo o Guardian, advogados do governo informaram ontem a um juiz que desistiram de pedir uma ordem de restrição para impedir Cohen de publicar o livro que será lançado em setembro, antes das eleições presidenciais previstas para novembro.
Cohen foi condenado a uma sentença de três anos, em 2019, por sonegação de impostos e falsas declarações ao Congresso por subornar, antes das eleições de 2016, mulheres que alegavam ter relacionamentos com o presidente — Trump nega as acusações.
Pouco antes de entrar no presídio no ano passado, o advogado disse que "ainda há muito a dizer" e espera "ansiosamente o dia que poderei compartilhar a verdade". Após testemunhar no tribunal federal e no Congresso, Cohen chegou a ser chamado de "rato" por Trump.
No dia 21 de maio, Cohen foi solto através das libertações em massa para evitar a disseminação da covid-19 dentro dos presídios. No início deste mês, pouco tempo depois de anunciar que seu livro estava sendo finalizado, o advogado foi preso novamente com a afirmação de ter rejeitado as exigências da prisão domiciliar.
Na última semana, um juiz ordenou que Cohen fosse libertado pois entendeu que a sua prisão foi uma retaliação do governo à publicação do livro.
Lanny Davis, advogado de Cohen, disse que o livro fornecerá "evidências diretas detalhadas diariamente, a cada hora, minuto a minuto das mentiras e crimes de Donald Trump sob a lei do estado de Nova York".
Outro livro
Recentemente, o governo norte-americano tentou impedir a publicação de outro livro sobre Trump. Desta vez, foi escrito por Mary Trump, sobrinha do presidente, e nomeado como "Too Much and Never Enough: How My Family Created the World's Most Dangerous Man" ('Muito, mas nunca suficiente: como minha família criou o homem mais perigoso do mundo', em português).
Apesar de pedir na Justiça para cancelar a publicação do livro — no qual Mary chama o tio de "sociopata" —, o governo sofreu uma derrocada pois o juiz negou a solicitação. O livro, de acordo com a editora, vendeu 950 mil cópias em seus primeiros dias de publicação.
*Com informações da AFP
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.