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Ex-modelo acusa Trump de agressão sexual em camarote do US Open em 1997

A ex-modelo Amy Dorris entre Donald Trump e o empresário Jason Binn, seu namorado na época, durante uma partida do US Open, torneio de tênis que aconteece em Nova York, em 1997 - Reprodução/The Guardian
A ex-modelo Amy Dorris entre Donald Trump e o empresário Jason Binn, seu namorado na época, durante uma partida do US Open, torneio de tênis que aconteece em Nova York, em 1997 Imagem: Reprodução/The Guardian

Do UOL, em São Paulo

17/09/2020 10h45

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a ex-modelo Amy Dorris acusou o presidente dos Estados Unidos, Donal Trump, de agressão sexual. O episódio teria ocorrido em 1997 nos bastidores do US Open, torneio de tênis que acontece anualmente em Nova York.

Ela relata que Trump a abordou do lado de fora do banheiro do camarote VIP, a agarrou e "enfiou a língua" em sua garganta. "Pareciam tentáculos", afirmou Amy. Ela tinha 24 anos na época. Trump tinha 51 anos e era casado com sua segunda esposa, Marla Maples. Por meio de seus advogados, ele negou as acusações.

"Ele enfiou a língua na minha garganta e eu estava empurrando ele. Foi quando ele me segurou mais forte e colocou as mãos na minha bunda, nos meus seios, nas minhas costas, em tudo. Eu não conseguia escapar", disse ela.

Ao jornal, ela apresentou o ingresso para o torneio e fotos nos bastidores do evento, frequentando por muitas celebridades e personalidades da alta sociedade. Nas fotos, ela aparece ao lado de Trump, do ator Leonardo Di Caprio, do cantor Lenny Kravitz, entre outros. Ela estava no torneio com o namorado, o empresário Jason Binn, que também aparece nas fotos.

Trump enfrentou várias acusações de assédio. Pouco antes da eleição presidencial de 2016, um vídeo divulgado mostrou o então empresário se gabando de poder "agarrar" mulheres quando queria. Amy contou a história ao jornal há mais de um ano, mas pediu que a entrevista não fosse publicada naquele momento.

Questionada pelo jornal porque só agora contou o ocorrido, Amy disse que se sentiu motivada pelas filhas. "Quero que vejam que não fiquei quieta, que enfrentei alguém que fez algo inaceitável", afirmou. "Quando você invade o espaço de alguém, não importa se você foi estuprado, é agressão sexual e não está tudo bem. Você não toca em alguém a menos que essa pessoa queira ser tocada. E eu não fiz nada para encorajá-lo a me tocar", completou a ex-modelo.

Ela contou ainda que se sente "cansada" de ver outras mulheres que acusaram Trump de assédio serem chamadas de "mentirosas".

"Estou farta de ver ele se safando disso, estou cansada de ficar quieta. É meio catártico. Eu quero que as pessoas saibam que este é o homem, que este é o nosso presidente. Este é o tipo de coisa que ele faz e isso é inaceitável. "