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Norte-coreanos dizem terem sido forçados a beber água com cinzas humanas

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em estação ferroviária no Vietnã -
Líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em estação ferroviária no Vietnã

Colaboração para o UOL, em São Paulo

08/10/2020 11h39

Atrocidades supostamente cometidas pelo governo norte-coreano foram divulgadas por ex-prisioneiros de 'gulags', em reportagem do jornal inglês Mirror. Encarceradas no campo de concentração de Chongori, as fontes alegam que eram forçadas a beber água de um rio com as cinzas de prisioneiros assassinados.

Os supostos sobreviventes contaram que toda segunda-feira eles eram obrigados a entrar em um pavilhão com corpos apodrecendo para queimá-los. "Quando chovia, as cinzas corriam para o rio, e os prisioneiros bebiam a água do rio e utilizavam-na para tomar banho."

Os ex-prisioneiros também relataram como era comum encontrar cadáveres, muitos sendo devoradas por ratos, no campo de concentração. "Caí em cima de qualquer coisa. No início, pensei que estava preso numa árvore, mas quando olhei mais de perto, era um dedo do pé", disse um fugitivo para o Comitê por Direitos Humanos na Coreia do Norte.

O campo de Chongori, que fica a menos de 25 km da fronteira com a China, teria uma elevada taxa de mortalidade devido a "lesões, doenças ou abuso físico e mental por parte dos carcereiros", de acordo com a reportagem. Estima-se que cerca de 5 mil pessoas estejam presas lá, por variados delitos desde assistir à televisão estrangeira até tentar cruzar a fronteira.

O regime de Kim Jong-un nega quaisquer violações dos direitos humanos dentro dos campos e só admitiu a existência de tais instalações em 2014.