Venda recorde: falcão é leiloado na Arábia Saudita por R$ 967 mil
Um falcão jovem foi arrematado por 650 mil riais sauditas, cerca de R$ 967 mil, ontem em um leilão na Arábia Saudita. A venda consolida a ave de 1,1 kg, capturada no nordeste do país, como a mais valiosa da história.
O Saudi Falcon Club, clube organizador do leilão, exaltou "características únicas e escassas na natureza" como principal razão para o preço recorde pago na ave, da raça Shaheen, um tipo de falcão-peregrino.
Os falcões, cujas velocidades de voo podem exceder 300 km/h, são reconhecidos internacionalmente como espécie em risco de extinção. Por conta disso, certos países têm regulamentações que limitam as atividades de venda, captura, criação e caça da espécie.
A falcoaria, todavia, é uma parte importante da herança cultural do deserto da Arábia Saudita e de países vizinhos. A nobreza árabe historicamente adota a prática como afirmação de status social elevado, e símbolo de força, coragem e hora.
Embora a falcoaria fosse um luxo para reis, príncipes e o povo da elite da Península Arábica, também era uma tática para complementar uma dieta escassa para os pobres.
Proprietários de falcões viajam com seus pássaros, dentro de aviões, para caçadas em países como Paquistão, Marrocos e a região da Ásia Central durante os meses mais frios.
O leilão, realizado de 3 de outubro a 15 de novembro, é organizado desde 2017 e apoiado pelo governo como forma de preservar e fomentar a atividade patrimonial.
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