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Pai com tumores amputa pernas e hoje comemora 'correr atrás do filho'

Alexander usa próteses para poder brincar ao ar-livre com filho de 1 ano - Reprodução
Alexander usa próteses para poder brincar ao ar-livre com filho de 1 ano Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/11/2020 18h05

Alexander Helander é um pai de 29 anos que tomou uma grande decisão para poder correr ao lado do filho. Devido a uma grave doença, tumores do tamanho de bolas de golfe cresciam nos pés dele. Com o tempo, as dores pioraram, impedindo-o de andar. Após não ver resultado em diversos tratamentos, Alexander decidiu que amputaria as duas pernas em um procedimento arriscado "para poder correr atrás do filho".

Lidando com a doença desde os 15 anos, Alexander viu a doença, que causa tumores benignos na mão, avançar e atingir seus pés, em 2014. "Tínhamos tentado todos os tratamentos e nada funcionou", disse ao jornal Mirror.

O professor sueco relatou que tumores do tamanho de bolas de golfe cresciam em seus pés, e, em 2018, já não conseguia mais por os pés no chão e andar. As dores o afastaram do trabalho, deixando a ele como alternativa aposentar-se e "ficar na cama pelo resto da vida".

O nascimento do primeiro filho, no entanto, deu a Alexander a motivação necessária para tomar uma decisão arriscada. A vontade de brincar e, principalmente, correr com a criança fizeram o pai aceitar a última alternativa restante para não ter mais os tumores: amputar as duas pernas.

Os médicos avisaram que a amputação era arriscada, mas ele relevou: "Valia a pena o risco para mim."

Logo, em outubro de 2019, os médicos removeram sua perna direita, o que foi muito doloroso quando o efeito da anestesia passou.

Não mais um "marinheiro de primeira viagem", Alexander enfrentou sem receios o segundo procedimento, em fevereiro: "Antes da segunda cirurgia, eu não estava nem nervoso. Estava apenas animado", revelou.

Alexander com o filho depois da segunda cirurgia, em fevereiro - Reprodução - Reprodução
Alexander com o filho depois da segunda cirurgia, em fevereiro
Imagem: Reprodução

Já passados nove meses desde a última cirurgia, Alexander afirma nunca ter se sentido melhor, visto que, graças a próteses esportivas, ele pode correr atrás do filho, que já completou 1 ano.

Além da paternidade mais participativa, ele também comemorou voltar a fazer coisas que gosta, como esqui sentado, floorball— um futebol sentado e com tacos— e até correr na rua.

Ao olhar para toda a dor sofrida, os dias na cama e o nervosismo passado no primeiro procedimento, Alexander afirma sem dúvidas que as amputações foram "a melhor decisão" da vida dele.

Com mais um filho "encomendado" na barriga de Emmy, sua esposa, o professor agradece por ter recebido sua "vida de volta", e espera que a história dele incentive pessoas ao redor do mundo a "tentarem mudar sua vida para melhor, mesmo que seja através de um trabalho árduo."