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Girafas presas em ilha inundada são alvo de operação de resgate no Quênia

Asiwa, uma girafa de Rothschild, no oeste do Quênia, que estava presa em uma ilha inundada - Reprodução/Instagram/@kieran.avery
Asiwa, uma girafa de Rothschild, no oeste do Quênia, que estava presa em uma ilha inundada Imagem: Reprodução/Instagram/@kieran.avery

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/12/2020 13h32

Duas girafas foram resgatadas de uma ilha alagada em Rothschild, no oeste do Quênia, na semana passada. A inundação, que colocou em risco um total de oito animais, foi causada por forte chuvas que encheram o lago Baringo, localizado até onde a pequena península se estende.

Segundo o site da CNN, a operação de resgate das girafas teve como proposta retirá-las da ilha para que as criaturas pudessem viver seguras no santuário ambiental Rujo Conservancy, de 44 mil acres.

As girafas já viviam na península precária há alguns anos. O animal que estava em maior perigo era Asiwa, uma vez que ela viva presa na parte mais pantanosa da ilha, distante das outras integrantes do bando, e com menos de um acre de terra para procurar alimento.

Por estar nessa situação mais delicada, Asiwa foi a primeira a ser resgatada e a fazer uma viagem de meia hora em uma barcaça de aço até um local seguro. Assim como outra girafa, ela teve que receber um dardo tranquilizante.

Veterinários estavam a postos para a seguir neutralizar os efeitos do calmante, evitando que os animais engasgassem com a própria saliva ao caírem no chão. Depois de atingida, Asiwa foi presa com cordas e vendada para mantê-la calma durante o resgate.

"Ela foi incrível", relatou David O'Connor, presidente da organização de proteção às girafas, Save Giraffes Now. "Ela é uma garota muito, muito durona. Assim que a colocamos em um espaço mais aberto onde havia uma pista estabelecida, ela simplesmente caminhou direto para a barcaça."

"Às vezes parecia que alguém estava passeando com um cachorro em uma tarde de domingo. Foi fantástico", completou.

Agora o próximo passo será resgatar até o mês de janeiro mais seis girafas, que ainda permanecem na ilha inundada. Elas são girafas de Rothchild, uma subespécie em extinção, uma vez que na África restam somente 2 mil delas e apenas 800 no Quênia.