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Casal inglês se muda para ilha deserta na Irlanda e evita pandemia da covid

Luke e Sarah no barco que usam para pescar na ilha deserta - Reprodução
Luke e Sarah no barco que usam para pescar na ilha deserta Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/01/2021 10h58

Um casal britânico decidiu se mudar de Leeds, na Inglaterra, para a ilha de Owey, localizada a oeste da Irlanda, em busca de uma vida mais pacata. A inexistência de vizinhos e de comércio na região nova foi preponderante para que Luke e Sarah escolhessem o local como retiro, que acabou sendo perfeito para o isolamento social contra o novo coronavírus.

O marceneiro e a assistente social viram um anúncio online, oferecendo um ano de aluguel na cabana, e, ao verem que a oportunidade era única, decidiram deixar o trabalho para embarcar na aventura eremita.

A mudança aconteceu em meados de março do ano passado, dias antes do primeiro 'lockdown' ser decretado no Reino Unido. "Como você pode imaginar, não precisamos nos preocupar com o isolamento social", disse Luke para o jornal Daily Star.

Embora existam algumas casas, elas só são habitadas no verão e a última vez que alguém passou o inverno na ilha de 121 hectares foi em 1974. O difícil acesso à ilha com apenas dois habitantes fixos também ajuda no isolamento, visto que não há uma ponto que ligue Owey diretamente ao continente.

Owey tem poucas casas e só recebe pessoas no verão - Reprodução - Reprodução
Owey tem poucas casas e só recebe pessoas no verão
Imagem: Reprodução

A vida em uma ilha deserta e com apenas duas estradas de terra, apesar de ideal para o isolamento social, tem seus desafios. Sem acesso fácil a mercados, os dois britânicos também precisam se esforçar para ter alimentos, especialmente criando galinhas e pescando no mar.

Não há aquecedor elétrico, o que faz com que Luke e Sarah dependam muito de fogueiras. Painéis solares garantem uma energia suficiente ao ponto deles carregarem os celulares, com sinal de 3g disponível graças a rotas marítimas próximas da ilha.

Durante o verão no hemisfério norte (junho a setembro), alguns visitantes tiveram contato com o casal, mas desde então ninguém pisa lá sem ser Luke ou Sarah. Caso a solidão aperte, ao menos eles tem dois cachorros da raça bull-terrier para fazê-los companhia.

"A experiência como um todo tem sido incrível. O ritmo de vida é tão lento, mas é adorável, passamos os dias passeando com os cães, cultivando nossa própria comida e aprendendo novas habilidades", afirmou Luke.

Sarah também não se arrepende de ter "deixado tudo" para viver na ilha. "Nós dois aprendemos muito e tivemos experiências que eu nunca teria imaginado", disse a mulher.