Secretário da Geórgia diz que equipe de Trump o pressionou por conversa
O secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, disse hoje que considerou inapropriada a conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas disse ter sido "pressionado" a atender o republicano.
"Não, não achei apropriado falar com o presidente, mas ele empurrou. Acho que sua equipe nos pressionou. Eles queriam ligar. . . . Só preferia não falar com ninguém quando estamos em litígio", disse Raffensberger em uma rápida entrevista ao "Good Morning America", da ABC, na manhã de hoje.
"Foi ele quem mais falou. Ouvimos a maior parte do tempo", disse Raffensperger. "Os dados que ele possui estão simplesmente errados... Ele tem dados ruins", completou. Ainda segundo o secretário, "era óbvio que as teorias de fraudes seriam desmascaradas, mas o presidente Trump continua a acreditar nelas".
No domingo, o jornal "Washington Post" revelou que Trump telefonou para o secretário no sábado, pedindo para ele "encontrar" votos suficientes para reverter sua derrota no estado. A Geórgia é um dos vários estados decisivos onde Trump perdeu a eleição para o democrata Joe Biden e, desde então, fez alegações infundadas de fraude eleitoral e tentou anular os resultados.
Segundo o jornal, Trump alternadamente implorava e ameaçava Raffensperger com vagas consequências criminais na tentativa de desfazer sua perda para o democrata eleito.
O jornal disse que, durante a ligação, Raffensperger e o conselho geral de seu gabinete rejeitaram as afirmações de Trump e disseram ao presidente que ele estava contando com teorias de conspiração sobre o que era uma eleição justa e precisa. Os trechos de áudio publicados pelo Post confirmam isso.
"O povo da Geórgia está com raiva, o povo do país está com raiva", disse Trump, de acordo com um trecho da gravação publicado online pelo Post. "E não há nada de errado em dizer, você sabe, hum, que você recalculou."
"Então, olhe. Tudo que eu quero fazer é isso. Eu só quero encontrar 11.780 votos, que é um a mais do que nós temos. Porque ganhamos no Estado", disse Trump na gravação, insistindo que "não havia como" ele perder o Estado.
A Casa Branca não quis comentar o assunto. Mesmo se Trump tivesse conquistado os 16 votos do Colégio Eleitoral da Geórgia, ele ainda teria perdido a eleição para Biden, que terá sua vitória confirmada no dia 6 de janeiro e tomará posse no dia 20.
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