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Restaurante de hospital na Tailândia serve pratos com maconha comestível

Restaurante do Hospital Chao Phya Abhaibhubejhr, na Tailândia, serve pratos com maconha comestível  - Pixabay
Restaurante do Hospital Chao Phya Abhaibhubejhr, na Tailândia, serve pratos com maconha comestível Imagem: Pixabay

Colaboração para o UOL, em São Paulo

15/01/2021 17h48

Um restaurante de um hospital tailandês começou a servir refeições feitas à base de cannabis, depois que a Tailândia legalizou a erva na lista de narcóticos, permitindo que empresas autorizadas pelo estado cultivassem a planta, informou a agência de notícias Reuters.

O estabelecimento, localizado no Hospital Chao Phya Abhaibhubejhr, em Prachin Buri, abriu o novo cardápio neste mês de janeiro.

No menu, estão pratos como "sopa de porco feliz", "pão frito coberto com carne de porco e folha de maconha", e "salada de folhas de cannabis crocante acompanhada de porco moído e vegetais".

De acordo com o líder do projeto que implementou a erva no restaurante, Pakakrong Kwankao, "as folhas de cannabis, quando colocadas na comida ou mesmo em uma pequena quantidade, ajudam o paciente a se recuperar mais rapidamente da doença".

O hospital Phya Abhaibhubejhr é conhecido como o pioneiro na Tailândia a estudar a cannabis para fins medicinais. Em 2017, ao país se tornou o primeiro do Sudeste Asiático a legalizar a droga para uso médico.

Na medicina, duas substâncias presentes na maconha são utilizadas em tratamentos: o THC (Tetrahidrocanabidiol), que opera como antidepressivo, estimulante de apetite e anticonvulsivo; e o CBD (Canabidiol), um analgésico, sedativo a anticonvulsivo.

Entretanto, consumir maconha comestível é ainda alvo de debates e pode apresentar perigos, segundo um estudo publicado em 2019 por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos.

A pesquisa diz que há risco de intoxicação severa, sintomas psiquiátricos agudos em pessoas sem histórico de doença psiquiátrica e problemas cardiovasculares.

Já o fumo e a vaporização da substância podem trazer danos ao coração, pulmões e vasos sanguíneos, segundo a American Heart Association, nos Estados Unidos. O hábito não é recomendado pela associação médica renomada, segundo declaração divulgada em agosto de 2020.