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EUA devem atingir 500 mil mortes por covid-19 até meados de fevereiro

5.jan.2021 - Trabalhadora da saúde conversa com paciente com covid-19 no Trinitas Regional Medical Center, em Nova Jersey, Estados Unidos - Eduardo Munoz/Reuters
5.jan.2021 - Trabalhadora da saúde conversa com paciente com covid-19 no Trinitas Regional Medical Center, em Nova Jersey, Estados Unidos Imagem: Eduardo Munoz/Reuters

Do UOL, em São Paulo

18/01/2021 15h07

Os Estados Unidos devem chegar a 500 mil mortos pela covid-19 em meados de fevereiro. A informação é da próxima chefe do CDC (Centro de Controle de Doenças) e professora de medicina de Harvard, Rochelle Walensky.

"Ainda não vimos as ramificações do que aconteceu após as viagens de férias", afirmou Rochelle, escolhida pelo presidente eleito Joe Biden para liderar o CDC durante o seu mandato. "Acho que ainda temos algumas semanas sombrias pela frente".

A declaração foi dada ontem em entrevista ao canal CBS. Ao todo, os EUA somam 394.495 óbitos causados pelo novo coronavírus e 26.653.919 casos.
No sábado (16), pelo menos 126.139 pacientes foram hospitalizados nos Estados Unidos por complicações da doença --o recorde é de 132.447 internações em 6 de janeiro.
Apesar de ter iniciado a vacinação contra covid-19 em 14 de dezembro de 2020, os Estados Unidos observam uma alta no número de casos enquanto enfrentam problemas de logística para a aplicação do imunizante. Na semana passada, Joe Biden afirmou que a vacinação nos EUA tem sido um "fracasso".
"Vamos ter que criar formas para ter mais pessoas vacinadas, para criar mais locais para vacinação, mobilizar mais equipes médicas para vacinar pessoas, para aumentar os insumos de vacinação", disse ele ao anunciar o Plano de Resgate Americano, que prevê 100 milhões de vacinas em 100 dias.

Segundo Rochelle Walensky, a administração de Biden deve resolver os gargalos de distribuição da vacina. "Diferentes estados estão enfrentando desafios diferentes", disse ela. "Nosso trabalho é garantir que, com todo o apoio do governo federal, resolveremos todos esses gargalos para que possamos colocar a vacina nos braços das pessoas".

Ela diz que, após uma cuidadosa análise, o governo está "confiante" de que vai cumprir a promessa de 100 milhões de vacinas. "Será um investimento pesado, mas temos condições de fazer isso."