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Suspeita é presa por envenenar café do marido várias vezes com inseticidas

Imagem ilustrativa de café; Suncha Tinerva, de 70 anos, foi presa por ter supostamente envenenado o café do marido várias vezes com mata-barata e veneno contra formigas  - Pixabay
Imagem ilustrativa de café; Suncha Tinerva, de 70 anos, foi presa por ter supostamente envenenado o café do marido várias vezes com mata-barata e veneno contra formigas Imagem: Pixabay

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/01/2021 10h57

Suncha Tinerva, de 70 anos, foi presa na cidade de Nova York, Estados Unidos, por ter supostamente envenenado várias vezes o café do marido com inseticidas para exterminar baratas e formigas.

De acordo com a ABC News, a mulher foi flagrada por uma câmera de vigilância durante uma das tentativas de envenenar o cônjuge, no último dia 12 de janeiro. No vídeo, Tinerva aparece depositando no café que seria servido ao parceiro uma "substância pulverulenta branca".

O conteúdo suspeito era proveniente de uma garrafa com tampa vermelha e rótulo amarelo. "Tinerva pegou a garrafa do armário embaixo da pia [de casa] e supostamente temperou o café do marido em duas ou três ocasiões", contou em comunicado o gabinete da procuradora distrital do Queens, Melinda Katz.

Na manhã do dia 14 de janeiro, detetives foram até a residência para investigar o suposto envenenamento. Lá, eles encontraram a garrafa vermelha e o rótulo na pia. O veneno continha 100% de ácido bórico, substância comumente usada em inseticidas e antissépticos.

O envenenamento por ácido bórico pode causar náuseas, vômitos, dores de estômago e diarreia. Em caso de ingestão de altas concentrações, ocorrem erupções cutâneas avermelhadas e até perda de pele, segundo o centro especializado National Pesticide Information Center, que conta com colaboração da Universidade Estadual do Oregon.

Além disso, uma lista técnica do Mercosul, citada pela portaria Nº 3.011, de dezembro de 2009, prevê que o ácido bórico só seja usado em concentrações baixas (5% em talcos; 0,1% em produtos de higiene bucal). Mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) chegou a proibir a inclusão da substância na fabricação de produtos no Brasil em 2001.

Apesar do grande perigo envolvido no ácido, o marido de Tinerva sobreviveu às tentativas de venenamento, embora tenha adoecido. "A violência doméstica não se limita ao abuso mental e físico. O réu neste caso supostamente usou engano para adoecer seu esposo", comentou o gabinete da procuradora distrital do Queens.

A acusada será julgada pelo Tribunal Criminal do Queens, onde deve comparecer no dia 10 de março. Se condenada, Tinerva pode ficar até quatro anos presa.