Topo

Esse conteúdo é antigo

Mulher é condenada a 43 anos de prisão na Tailândia por insulto à monarquia

Maha Vajiralongkorn, rei da Tailândia; mulher foi presa por criticar a monarquia - Vichan Poti/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
Maha Vajiralongkorn, rei da Tailândia; mulher foi presa por criticar a monarquia Imagem: Vichan Poti/Pacific Press/LightRocket via Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

19/01/2021 11h01

Uma ex-funcionária pública identificada apenas como Anchan foi condenada a 43 anos e seis meses de prisão por ter insultado a monarquia tailandesa. De acordo com o jornal The Guardian, essa é a sentença mais dura já proferida por conta da lei de lesa-majestade do país, que proíbe insultos aos monarcas.

Anchan foi acusada de publicar clipes em áudio no Facebook e no YouTube que eram críticos à monarquia do país. Originalmente, ela havia sido condenada a 87 anos, mas pena foi reduzida após ela se declarar culpada.

Anchan havia sido presa inicialmente entre 2015 e 2018 e negou as acusações na primeira vez que o caso foi ouvido pela corte militar. Ela chegou a afirmar para jornais locais que se declarou culpada porque seu caso foi transferido para uma corte criminal, e ela esperava leniência, uma vez que só compartilhou as gravações, sem fazer nenhum comentário.

"Eu achei que não era nada. Tantas pessoas compartilharam esse conteúdo e o escutaram. Eu realmente não pensei nisso e fui muito confiante. Não fui cuidadosa o suficiente para perceber na época que não era apropriado", declarou ela

Sob a lei de lesa-majestade da Tailândia, qualquer um que "difame, insulte ou ameace o rei, rainha, herdeiro ou regente", pode ser preso de três a 15 anos para cada acusação. Anchan foi considerada culpada em 29 pontos de quebra da lei.