DNA desconhecido em faca pode livrar homem do corredor da morte nos EUA
Pervis Payne, de 53 anos, prisioneiro condenado à morte nos Estados Unidos, poderá não ser executado por um crime que ocorreu há 33 anos, depois que surgiu uma nova pista inesperada. Foi descoberto um DNA desconhecido de um terceiro indivíduo em uma faca, utilizada no duplo homicídio pelo qual Payne foi condenado em 1987.
O prisioneiro estava aguardando a execução por injeção letal pois foi considerado culpado pela morte da mulher, Charisse Christopher, e da filha de 2 anos, Lacie Jo. Na ocasião, o filho dele, Nicholas, de 3 anos, também foi esfaqueado, mas sobreviveu, de acordo com a agência Associated Press.
Porém, o DNA misterioso agora está sendo usado pela defesa de Payne, que reuniu essa e outras evidências para provar a suposta inocência do prisioneiro. As pistas do teste genético foram apresentadas em setembro de 2019, diante da juíza do Tribunal Criminal do Condado de Shelby, Paula Skahan.
Uma nova audiência ocorreu ontem em Memphis, no Tennessee, na qual esteve presente a advogada de defesa, Kelley Henry. Ela admitiu que, além do material genético do desconhecido, o DNA de Payne também estava na faca. Ainda assim, isso vai ao encontro da versão dele, que alega ter se cortado enquanto ajudava as vítimas.
Por outro lado, o DNA do indivíduo misterioso nunca foi adicionado no banco de dados nacional do FBI para identificá-lo, por falta de material suficiente. Por isso, a identidade do terceiro elemento é ainda um mistério.
Escape da morte
No julgamento de Payne de 1987, o teste genético não estava disponível por falta de tecnologia. Como o critério só foi considerado recentemente, o condenado quase foi executado no último dia 3 de dezembro de 2019, mas escapou da injeção letal quando o governador do Tennessee, Bill Lee, concedeu uma suspensão até abril de 2021 devido a obstáculos da pandemia do novo coronavírus.
A defesa de Payne, em conjunto com a organização Innocence Project, que defende pessoas condenadas injustamente, pretende inocentá-lo ou pelo menos livrá-lo da morte. Mas o promotor Steve Jones argumentou que os resultados do teste de DNA não excluem o prisioneiro de ter alguma pena pelo crime. "Não há nada que exonere Pervis Payne", concordou a juíza Paula Skahan.
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