França fecha fronteiras para países fora da UE a partir de domingo (31)
O primeiro-ministro da França, Jean Castex, anunciou hoje que o país fechará suas fronteiras para cidadãos de fora da União Europeia a partir da meia-noite (hora local) do próximo domingo (31), "a menos que haja um motivo convincente". A medida tem como objetivo conter o avanço da covid-19 no país.
Para os demais que tiverem autorização para entrar na França, será necessário apresentar um teste PCR negativo, "com exceção de trabalhadores transfronteiriços", acrescentou Castex. A exigência já estava em vigor desde o último domingo (24) para o transporte marítimo e aéreo, devendo, portanto, ser estendida ao transporte terrestre.
"Todas as viagens de e para todos os nossos territórios ultramarinos também estarão sujeitas à produção de motivos convincentes a partir deste domingo", disse o primeiro-ministro em breve discurso transmitido pela televisão.
Além dessas mudanças, Castex anunciou ainda o fechamento de grandes centros comerciais — "isto é, os que mais promovem as bebidas alcoólicas"— e o reforço dos controles sobre o cumprimento do toque de recolher já em vigor.
A França já passou por dois confinamentos — sendo o primeiro deles, no início da pandemia, particularmente restritivo.
"Ainda podemos nos dar a chance de evitar o lockdown", declarou. "A polícia vai se mobilizar para controlar o descumprimento do toque de recolher, a organização de festas clandestinas e a abertura ilegal de restaurantes em proporções crescentes".
O país registrou quase 23 mil novos casos confirmados de covid-19 nas últimas horas — nível inferior aos vizinhos, mas ainda muito alto, no entendimento do governo. Ao todo, a França soma 3.212.613 infectados e 75.765 mortes desde o início da pandemia, segundo balanço da Universidade Johns Hopkins.
Restrições também na Alemanha
Mais cedo, a Alemanha também anunciou restrições para viajantes, proibindo a entrada por via terrestre, marítima e aérea de pessoas vindas de países fortemente afetados pelas variantes do coronavírus. A decisão, válida de amanhã até 17 de fevereiro — a princípio —, inclui países como Reino Unido, Portugal, África do Sul e Brasil.
O decreto, porém, tem várias exceções, em particular para os alemães que vivem nesses países, aos cidadãos desses países residentes na Alemanha, aos passageiros em trânsito ou que fazem parte da circulação mercante.
A proibição foi imposta pelo governo alemão por iniciativa própria, não dependendo de seus parceiros da UE, que não conseguiram chegar a um consenso sobre o assunto.
Mais populosa, a Alemanha tem situação um pouco melhor que a França, tendo registrado 2.207.278 casos confirmados e 56.238 mortes pela covid-19 desde o início da pandemia, ainda de acordo com a Johns Hopkins.
(Com AFP e RFI)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.