Advogado tem registro cassado por gravar vídeos pornôs com presas nos EUA
Um advogado da Flórida, nos EUA, teve o registro profissional cassado no final de janeiro após ser condenado por filmar seus encontros sexuais com presidiárias para a produção de um filme pornográfico. A decisão foi divulgada no relatório da Ordem dos Advogados da Flórida sobre os advogados disciplinados pela Suprema Corte estadual.
De acordo com o site The Miami Herald, Andrew Spark, 58, já estava com registro suspenso depois da condenação por solicitação de prostituição e realizar contrabando para dentro do centro de detenção do condado.
O homem, que confessou ser culpado por ambas acusações, está em liberdade condicional até fevereiro de 2024 e já cumpriu a pena pela solicitação de prostituição dentro dos presídios. Agora, Spark não tem mais o direito de advogar por perder o seu registro profissional permanentemente.
Um resumo da decisão da Suprema Corte da Flórida para destituir o direito de advogar do homem indica que ele usou as salas de visita de advogados e clientes sem monitoramento para fazer sexo oral com detentas em duas penitenciárias diferentes do estado.
O documento ainda aponta que o advogado "abusou de seu privilégio de exercer a advocacia" para tirar vantagem sexual de mulheres privadas de liberdade nos condados de Pinellas e Hillsborough.
"Spark registrou esses encontros com o objetivo de criar um filme pornográfico adulto para seu próprio interesse lascivo e/ou financeiro", informou o site da Ordem dos Advogados da Flórida ao proferir a decisão de cassação do registro.
Descoberta
A prática ilegal só foi descoberta quando o advogado tentou fazer a mesma coisa, em 2017, com uma presidiária que conheceu anteriormente em um festival pornô na cidade de Tampa. Spark disse a mulher que estava gravando um filme pornô com presidiárias fazendo sexo oral nele e que pagaria pela filmagem.
O homem também chegou a mentir para a penitenciária informando que era advogado da presa para conseguir falar com ela. Por não chegarem a um acordo de preço, a mulher contou o caso aos familiares, que relataram à polícia.
A polícia abriu uma investigação, fez um acordo com outra presa — que já conhecia o homem — para que ele fosse pego em flagrante na Prisão de Pinnellas. Mentindo ser advogado da mulher, ele entrou na prisão novamente, levou-a na sala de clientes, que não tem monitoramento, e pegou o seu tablet — que usava para gravar as cenas.
"A polícia então entrou na sala e prendeu [Spark], que estava com o zíper abaixado", comunicou o relatório.
O relatório obtido pelo site Law & Crime também demonstra que o homem redigiu um contrato de modelo para presidiárias no qual nenhum das interessadas poderiam revelar suas identidades após a gravação dos vídeos pornôs. Além disso, o acusado teria pagado US$ 10 (cerca de R$ 53) para uma mulher depois de filmá-la fazendo sexo oral nele dentro da Prisão de Falkenburg Road.
Desde 2019, o registro de advogado do acusado estava suspenso em razão das suas condenações por contrabando e pela solicitação de prostituição. Spark foi condenado a liberdade condicional em todas acusações.
O homem já cumpriu a condicional por solicitação de prostituição e concluirá a outra pena em fevereiro de 2024.
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