Israel agradece "posição firme" do Brasil contra investigação do TPI
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, agradeceu neste domingo (7) à "posição firme e clara" contra a investigação aberta pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Palestina a partir de 2014. A apuração pode render processos criminais contra a gestão do premiê israelense, Benjamin Netanyahu.
O chanceler fez as afirmações primeiramente diante do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, que lidera comitiva de brasileiros em Israel em busca de acordos de cooperação por vacinas e um spray contra o conavírus. Ashkenazi agradeceu à "posição clara" do Brasil e sua "liderança".
Depois, ele reforçou as declarações em uma rede social. "Agradeço ao governo brasileiro por seu firme apoio contra a decisão do procurador do TPI", afirmou Ashkenazi.
O Itamaraty divulgou uma declaração conjunta confirmando a contrariedade do Brasil com a investigação. "A abertura de uma investigação no TPI é um desserviço à causa da justiça, o que enfraquecerá as perspectivas de um acordo negociado para o conflito israelense-palestino", afirma a nota divulgada pelos brasileiros.
Para Ashkenazi, "o tribunal não tem jurisdição ou autoridade para discutir essa questão". "Esta é uma decisão que prejudica a lei internacional e reduz a possibilidade de negociações entre Israel e os palestinos."
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