Banido do Twitter e Facebook, Trump lança plataforma própria; assessor nega
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou oficialmente sua própria plataforma de rede social em um vídeo promocional. Depois de emitir comunicados por meio do porta-voz Jason Miller e gerar especulação na imprensa, o empresário suspenso nas principais redes sociais do mundo, como Facebook e Twitter, utilizará a ferramenta como principal meio de comunicação com o público e aliados.
No Twitter, porém, Miller escreveu que "o site do presidente Trump é um grande recurso para encontrar suas últimas declarações e destaques de seu primeiro mandato, mas esta não é uma nova plataforma de mídia social". E resgatou a especulação: "teremos informações adicionais sobre esse assunto em um futuro muito próximo."
A plataforma "From the desk of Donald J. Trump", inserida dentro do site oficial dele, segue um formato semelhante ao Twitter, com posts pequenos e outros tipos de mídia. O vídeo postado é carregado de frases de impacto, falando em mentiras e silenciamento. A rede é promovida como um "farol da liberdade", um lugar para "se falar livremente e em segurança".
O teaser que lança a plataforma oficialmente surge um dia antes do Conselho de Supervisão do Facebook se pronunciar se dará continuidade à suspensão de Trump. O lançamento repercutiu na imprensa internacional e foi noticiado em veículos como Fox News e The Guardian.
As publicações são abertas ao público e podem ser compartilhadas nas redes que bloquearam o ex-presidente. Apesar disso, Trump não tem meios de interação na página e nem contagem de seguidores.
Em março deste ano, Miller, que foi porta-voz da campanha de Trump em 2020, aproveitou uma entrevista à Fox News para fazer alarde e chegou a dizer que o lançamento "redefiniria completamente o jogo" e que atrairia "dezenas de milhões" de novos usuários.
No mesmo mês o republicano lançou o 45office.com, site que funciona como um escritório virtual, incluindo fotos, notícias e uma biografia de tom heroico, afirmando que Trump "lançou o movimento político mais extraordinário da história, destronando dinastias políticas, derrotando o establishment de Washington e se tornando o primeiro verdadeiro forasteiro eleito presidente dos Estados Unidos".
Proibido nas redes
A medida de bloqueio contra o republicano foi tomada após os ataques de 6 de janeiro contra o Capitólio, dos quais o próprio presidente teria incentivado em sua conta no Twitter, que foi a primeira plataforma a bani-lo por "glorificação da violência" após o ocorrido e afirmou que a decisão seria permanente.
Na sequência, Facebook e outras redes sociais baniram ou restringiram o ex-presidente: Instagram, Snapchat, YouTube, Twitch, Tik Tok e Pinterest.
No dia 30 de abril, Trump aproveitou a queda nas ações do Twitter para fazer uma provocação em seu próprio meio de comunicação. "Na minha opinião, se tornou totalmente entediante a medida em que as pessoas migram para deixar o site (?) Acho que é isso que acontece quando você vai contra a liberdade de expressão! Isso acontecerá com outros também."
As atitudes das grandes empresas de tecnologia em relação a Trump também ascenderam debates sobre censura e controle de discurso nas redes.
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