Americano de 95 anos se torna doador de órgãos mais velho dos EUA
Um americano de 95 anos de idade morreu e teve seu fígado doado para uma mulher de 60, tornando-se a pessoa mais velha a doar órgãos nos Estados Unidos.
A senhora que passou pelo transplante está "passando bem", segundo a organização sem fins lucrativos CORE (Center for Organ Recovery & Education).
Antes de morrer, o doador, chamado Cecil F. Lockhart, tomou a decisão de que doaria os órgãos que estivessem em condição de transplante inspirado pelo filho, Stanley, que morreu em 2010. Tecidos corporais dele salvaram a vida de 75 pessoas; já sua córnea ajudou dois indivíduos a enxergarem.
Lockhart é atualmente o doador mais velho já registrado. Antes dele, o recorde pertencia a outro idoso com mais de 90 anos, que morreu em 2001. Sua identidade não foi divulgada. De lá para cá, 17 nonagenários já doaram órgãos, de acordo com dados da organização científica UNOS (United Network for Organ Sharing).
"Ele foi uma pessoa generosa quando estava vivo, e estamos cheios de orgulho e esperança por saber que, mesmo depois de uma vida longa e feliz, ele é capaz de continuar esse legado de generosidade", comentou Sharon White, filha de Lockhart, em um comunicado.
O doador trabalhou em minas de carvão no estado norte-americano da Virgínia Ocidental por mais de 50 anos e também serviu como cabo no Exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, segundo informou o site People.
David Klassen, diretor médico da UNOS, conta que muitas pessoas acreditam erroneamente que há um limite de idade para a doação de órgãos. "A verdade é que ninguém nunca é muito velho ou muito jovem para dar o presente da vida", explica o gestor.
"Cada doador potencial é avaliado caso a caso no momento de sua morte para determinar quais órgãos e tecidos são adequados para doação. O presente generoso e histórico de Cecil é um exemplo perfeito disso", continua.
A CORE estima que a lista de espera para um transplante de órgão nos Estados Unidos é composta por mais de 107 mil pessoas. No país, uma pessoa entra na fila a cada 10 minutos.
A baixa adesão à doação de órgãos dificulta esse cenário. Um único doador já consegue salvar a vida de até oito pessoas ao optar por doar seus órgãos após a morte. E, além disso, pode melhorar a vida de mais 75 pessoas, caso doe seus tecidos.
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