Brasileira vacinada na Inglaterra vê 'luz no fim do túnel' com imunização
A brasileira Débora Vernay, que mora em Manchester, na Inglaterra, e já foi vacinada com uma primeira dose da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech, disse hoje que o avanço da imunização no país do Reino Unido traz a esperança de uma "luz no fim do túnel" quanto ao fim da pandemia. Débora deu a declaração em entrevista ao UOL News, do Canal UOL.
Me sinto muito feliz e privilegiada de estar num país que tenho a oportunidade de tomar a vacina. E grande parte dos meus amigos na minha faixa etária - tenho 28 anos - já conseguiram tomar. Então é uma luz no fim do túnel.
Débora Vernay, brasileira moradora de Manchester
Débora também disse que o país europeu ainda não aboliu o uso obrigatório de máscara em lugares fechados para vacinados, assim como fez os Estados Unidos, mas que a Inglaterra caminha para isso. Nesta semana, o país chegou a 68% de adultos acima de 18 anos vacinados com uma primeira dose.
Uma situação já mais avançada quanto ao fim da pandemia foi relatada pelo colunista do UOL Ronilso Pacheco, que mora em Nova York, nos Estados Unidos. Ontem, o governo americano anunciou que pessoas inteiramente imunizadas contra a covid-19 —com duas doses, no caso de vacinas que exigem a dose de reforço— não precisam mais usar máscaras.
Ao UOL News, Pacheco contou que já estava "completamente desabituado" a não usar máscara, mesmo estando vacinado com duas doses desde março. Segundo ele, agora os Estados Unidos caminham para testarem a possibilidade de tudo voltar ao normal após o início do verão no hemisfério norte, que começa daqui a pouco mais de um mês.
A ideia é fazer um grande teste em julho, no auge do verão, poder fazer inclusive grandes shows, grandes aglomerações, fazer esse teste para poder voltar à normalidade.
Ronilso Pacheco, colunista do UOL
Brasil em "maus bocados"
A edição da tarde do UOL News de hoje também conversou com o brasileiro Victor Auslenter, de 23 anos, que mora em Tel Aviv, Israel, país com uma das vacinações contra a covid-19 mais avançadas do mundo. Na nação que já tinha vacinado mais de metade da sua população no início de março, Auslenter afirma que é notória a situação difícil do Brasil na pandemia.
Existe um entendimento do mundo, e aqui em Israel pude ver a situação do Brasil. [Os israelenses] sabem que a gente está passando por maus bocados, que as prioridades da Saúde não são certas.
Victor Auslente, brasileiro morador de Tel Aviv
Já imunizado com duas doses da vacina da Pfizer, o brasileiro disse que os israelenses entendem que o governo federal no Brasil não fez tudo que estava ao seu alcance para garantir uma vacinação ágil da população.
Situação semelhante também foi relatada por Pacheco. Em Nova York, o colunista afirma que pessoas puxam assunto com ele para falar "o quão trágica é a situação brasileira".
Em Londres, segundo Débora, também há repercussão sobre as ações do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate à pandemia.
Sinto que todos estão cientes da condição do Brasil, nunca o Brasil esteve mais em pauta além de Carnaval e futebol, pessoas falam o nome do nosso presidente. E acaba até se tornando um pouco vergonhoso para a gente, me sinto numa posição que estou num país de primeiro mundo, tive acesso à vacina, mas meus amigos e família não tiveram.
Débora Vernay, brasileira moradora de Manchester
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