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Casa Branca lamenta assassinato do presidente do Haiti; veja repercussão

Jovenel Moise, presidente do Haiti, foi assassinado a tiros hoje em um ataque a sua residência - Reuters
Jovenel Moise, presidente do Haiti, foi assassinado a tiros hoje em um ataque a sua residência Imagem: Reuters

Do UOL, em São Paulo*

07/07/2021 10h51Atualizada em 07/07/2021 11h25

Políticos manifestaram pesar pela morte do presidente do Haiti, Jovenel Moise, 53. Ele foi assassinado a tiros hoje em um ataque a sua residência, segundo o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph. A mulher do presidente, Martine Moise, ficou ferida no ataque e foi hospitalizada.

A Casa Branca classificou o assassinato como "horrível" e disse que os Estados Unidos estavam dispostos a ajudar na investigação.

A porta-voz do governo, Jen Psaki, declarou que os Estados Unidos vão "ajudar o povo do Haiti, o governo do Haiti se houver uma investigação", acrescentando que a Casa Branca "ainda está coletando informações" e que o presidente Joe Biden seria informado sobre o ataque em breve.

Por meio de nota, o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, chamou o assassinato de "tentativa de minar a estabilidade institucional" do Haiti.

"Os desacordos e dissensos fazem parte de um sistema de governo vigoroso e sólido. Os assassinatos políticos não têm lugar em uma democracia", disse.

Luis Abinader, presidente do único país com fronteira terrestre com o Haiti, a República Dominicana, alertou que o ocorrido "mina a ordem democrática" não só no país vizinho como em toda a região.

Ainda no Caribe, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, condenou "energicamente o ato violento" que levou Jovenal Moise à morte e pediu por paz.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que ficou "chocado" com este "ato hediondo".

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno, lamentou a morte e ressaltou que o país tem uma história conturbada .Ele foi o primeiro comandante da Força Militar da Missão da Nações Unidas para Estabilização do Haiti, em 2004.

"Realmente uma notícia triste porque, segundo consta, ele foi assassinado dentro do palácio. Mais um fato na história do Haiti, que tem uma história muito conturbada desde a independência. O Haiti é um país que até hoje não teve uma situação política estável (...) país sempre foi muito conturbado, já foi a quinta missão de paz em virtude da eterna turbulência que praticamente é o estado normal da política haitiana" declarou.

O ataque ocorreu em meio a uma onda crescente de violência política no país. Com o Haiti politicamente dividido e enfrentando uma crescente crise humanitária e escassez de alimentos, há temores de uma desordem generalizada. Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) voltou a condenar a violência no país.

* Com informações da AFP