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Cerca é deixada aberta e guia de 21 anos é morta por tigre no Chile

Funcionária alimentava tigres e leões por meio das grades - Reprodução/Instagram
Funcionária alimentava tigres e leões por meio das grades Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/08/2021 21h02

Uma jovem de 21 anos morreu após ser atacada por um tigre no Safari Park, na comuna de Rancagua (Chile). Ela trabalhava como guia de turismo e também ajudava a limpar as jaulas dos animais quando foi atacada, na última sexta-feira (6).

Quem vê o Instagram de Catalina Torres Ibarra, a chilena graduada em ecoturismo e que trabalhou no zoológico por dois anos, pode perceber a paixão dela pelos animais. Dentro de uma jaula, ela conduzia os visitantes para dentro dos territórios de tigres e leões, mas nunca tinha contato direto.

Até que Ibarra entrou no espaço do tigre para ajudar a limpar, mas não sabia que um dos animais estava solto. Quando soube, já era tarde demais. A funcionária foi mordida no pescoço por um dos felinos e não resistiu aos ferimentos.

Há divergências, porém, sobre o motivo da presença da jovem no local. Segundo o gerente do zoológico, Antonio Rojas, Ibarra não deveria estar limpando jaulas, uma vez que não era a função dela, mas se estivesse, deveria ser a jaula do leão, e não do tigre.

"Naquele recinto havia um tigre que estava trancado em seu quarto e outro que estava solto no recinto, mas não solto no zoológico, estava em um recinto com cadeado", começou a explicar Rojas, segundo o jornal chileno Meganoticias.

"As pessoas que estavam limpando o setor de entrada dos leões receberam instruções para simplesmente limpar a entrada dos leões e não a entrada dos tigres", disse.

Mas o colega de trabalho da vítima, o funcionário Leonardo, disse que houve negligência por parte do zoológico e que a amiga tinha, sim, recebido instruções para entrar na jaula do tigre.

"Pelo que eu sei, ela foi enviada para fazer essa tarefa e não foi informada de que a cerca do tigre estava aberta", disse o homem.

Segundo o site La Tercera, o Ministério Público do Chile investiga se houve, ou não, negligência por parte do estabelecimento.