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Israel deixará de proibir doação de sangue por homens gays

O ministro da Saúde de Israel declarou que havia sido instruído a remover perguntas "degradantes e irrelevantes" do questionário - Shutterstock
O ministro da Saúde de Israel declarou que havia sido instruído a remover perguntas "degradantes e irrelevantes" do questionário Imagem: Shutterstock

Do UOL*, em São Paulo

19/08/2021 08h42Atualizada em 19/08/2021 08h44

Israel dará mais um passo contra a homofobia no país ao liberar, em 1º de outubro, a doação de sangue por homens gays. O anúncio foi realizado hoje pelo ministro da Saúde do país, Nitzan Horowitz, assumidamente homossexual e defensor dos direitos LGBTQIA+.

O ministro da Saúde de Israel declarou que havia sido instruído a remover perguntas "degradantes e irrelevantes" do questionário para doadores de sangue. A medida, segundo ele, derrubará os resquícios de um "estereótipo" de preconceito sobre os homossexuais. "Anos tentando se livrar dele e agora finalmente conseguimos", disse Horowitz no Twitter.

Não há diferença entre sangue e sangue. Mais um passo histórico para a igualdade das pessoas LGBT em Israel
Nitzan Horowitz

Liberação de restrições no Brasil

No Brasil, o fim da restrição para doação de sangue por gays ocorreu em maio de 2020, autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e gerou comemoração no país.

O STF havia declarado como inconstitucional a regra que proibia "homens que fazem sexo com homens" de doarem sangue nos 12 meses antes da coleta.

A corte acredita que as determinações reforçavam o preconceito contra os homossexuais e, por isso, ficou anulada a restrição de doação de sangue por homens gays. A decisão histórica havia sido interrompida em 2017, mas alcançou a aprovação cerca de três anos depois.

A proibição havia sido estabelecida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo Ministério da Saúde.

Sete juízes votaram contra a restrição, sendo eles Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

* Com informações da EFE