Estado Islâmico reivindica ataque em Cabul que matou afegãos e americanos
O Estado Islâmico-Khorasan, braço regional do grupo terrorista, reivindicou hoje a autoria de um ataque na entrada do aeroporto de Cabul, única rota de saída do Afeganistão desde que o Talibã assumiu controle do país. As explosões deixaram ao menos 73 mortos e 140 feridos, incluindo crianças.
Segundo relato do Estado Islâmico à agência de propaganda do grupo Amag, um homem-bomba burlou os controles de segurança ao redor do aeroporto e se aproximou das forças americanas antes de detonar o cinto de explosivos. Este primeiro ataque ocorreu próximo do portão "Abbey", em uma área onde os civis afegãos têm seus documentos analisados. A segunda explosão foi em frente ao Baron Hotel, nos arredores do aeroporto.
"Khorasan" é um nome histórico da região que inclui locais onde atualmente ficam Paquistão, Irã, Afeganistão e Ásia Central.
"Vamos caçá-los", diz Biden
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou que seus comandantes planejem ataques contra lideranças e instalações do Estado Islâmico após o braço regional do grupo atacar os arredores do aeroporto de Cabul, no Afeganistão.
Em pronunciamento na Casa Branca, Biden disse que os Estados Unidos "não esquecerão nem perdoarão" os terroristas.
Nós vamos caça-los e fazê-los pagar. Vou defender meu povo com todas as medidas que estiverem no meu alcance."
Joe Biden, presidente dos EUA
Estado Islâmico critica acordo entre Talibã e EUA
Desde o ano passado, o Estado Islâmico critica o acordo assinado entre o Talibã e os Estados Unidos para a retirada das tropas americanas. O grupo acusa os talibãs de abandonarem a causa jihadista e, embora os dois grupos sejam militantes islâmicos sunitas, também são rivais e divergem em detalhes sobre religião e estratégia.
Mesmo antes do Estado Islâmico reivindicar o ataque, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, condenou a ação: "O Emirado Islâmico está prestando muita atenção à segurança e proteção de seu povo. Os círculos malignos serão interrompidos".
Em pronunciamento no Pentágono, o chefe do Comando Central dos EUA, Kenneth McKenzie, alertou que a ameaça de carros-bomba continua alta em Cabul. Ele afirmou estar ciente do fato de que, se pudesse, o grupo atacaria um avião no aeroporto afegão.
Segundo McKenzie, a administração Joe Biden está pronta para tomar medidas contra os responsáveis pela ofensiva.
A explosão na área externa do aeroporto de Cabul, onde milhares de pessoas se aglomeram, ocorre em meio a uma operação para a retirada de moradores e estrangeiros da região até 31 de agosto.
Nas horas anteriores ao ataque, Reino Unido, Austrália e Estados Unidos manifestaram temor com a possibilidade de um atentado no local. Os três países emitiram comunicado aconselhando seus cidadãos e afegãos a deixarem urgentemente a região do aeroporto.
*Com Reuters e AFP
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.