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Armadilha ajuda a prender 26 suspeitos de estupro de adolescente na Índia

A polícia de Mampada, nas proximidades de Mumbai, fichou 29 suspeitos e prendeu 26 por estupro  - Reprodução/Delegacia de Polícia de Mampada
A polícia de Mampada, nas proximidades de Mumbai, fichou 29 suspeitos e prendeu 26 por estupro Imagem: Reprodução/Delegacia de Polícia de Mampada

Colaboração para o UOL, em Santos

24/09/2021 11h48Atualizada em 24/09/2021 11h48

Em um crime que chocou a Índia, uma adolescente foi abusada sexualmente por diversos homens, num período de nove meses. Graças a uma armadilha criada por uma assistente social, com a ajuda de familiares, a polícia de Manpada, prendeu 26 acusados e apreendeu dois menores, de acordo com o Código Penal Indiano e também com a Lei de Proteção de Crianças contra Crimes Sexuais (POCSO).

Os detidos estão sob custódia policial até 29 de setembro. Os menores infratores foram enviados para uma casa de detenção juvenil. A adolescente denunciou, ao todo, 33 suspeitos. As equipes policiais estão procurando pelos outros cinco envolvidos nos estupros.

A vítima, de 15 anos, abordou a polícia na noite de quarta-feira (22). Ela declarou que seu namorado gravou um vídeo deles em um ato íntimo em janeiro de 2021 e que mais tarde ele usou para chantageá-la a ter relações sexuais com seus amigos.

"A vítima chegou à delegacia na noite de quarta-feira. De acordo com seu depoimento, o acusado a agrediu sexualmente repetidas vezes, em vários locais, de janeiro a setembro deste ano", disse ao The Hindu a comissária adjunta de polícia da região leste, Datta Karale.

Uma equipe de investigação especial chefiada pelo comissário assistente de polícia Sonali Dhole, foi formada para investigar o caso. De acordo com o depoimento da vítima, a agressão sexual foi cometida por várias vezes e em vários locais.

A polícia também está investigando a demora na denúncia do crime, disse um oficial. "Todos os acusados têm entre 16 e 23 anos e a maioria é constituída por estudantes. Depois que o caso foi registrado, nosso foco foi prender o acusado", disse Karale.

Fontes da polícia informaram que, há poucos dias, a vítima e sua tia materna foram a uma festa de aniversário. A tia percebeu que a menina não estava interessada no evento e estava ocupada respondendo a ligações e recados no celular.

Alguém na reunião deu a entender à tia que a menina estava enfrentando alguns problemas. A tia a levou para casa e a manteve sob vigilância durante uma semana. Num dado momento, a menina resolveu se abrir com a tia.

Armadilha para pegar os suspeitos

Na conversa que se seguiu, a menina narrou os abusos que começaram em janeiro. A tia entrou em contato com uma assistente social da região, que sugeriu que fosse "criada uma armadilha para prender o acusado em flagrante", disse um policial ao The Hindu.

A menina ligou para o acusado e marcou um encontro. Alguns dos acusados a pegaram em um riquixá (um tipo de veículo parecido com uma charrete, mas puxado por pessoas), enquanto a assistente social, a tia e o tio da vítima os seguiam em outro riquixá.

O riquixá em que viajavam os familiares e a assistente social teve um pneu furado, fazendo com que perderam o rasto do veículo em que a vítima se deslocava. Eles chamaram a polícia.

A menina, por sua vez, enviou à tia sua localização por GPS. A polícia, com a ajuda do celular da tia, chegou ao local e começou a procurar o quarto em que a menina estava. A essa altura, a menina havia sido estuprada por seis homens, que fugiram quando souberam da presença da polícia. A polícia prendeu dois deles. Os demais foram apanhados ontem.

"Depois de saber do crime pela menina, se a família tivesse procurado a polícia imediatamente, pelo menos o incidente de quarta-feira poderia ter sido evitado", declarou o policial.