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'Coração esmagado', diz mãe de brasileiro achado com recado no Paraguai

Mari Laurete e o filho, Rogério Laurete Buosi, encontrado morto no Paraguia - Reprodução/Facebook
Mari Laurete e o filho, Rogério Laurete Buosi, encontrado morto no Paraguia Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

28/09/2021 10h54Atualizada em 28/09/2021 12h14

A mãe de Rogério Laurete Buosi, de 26 anos, brasileiro que foi encontrado morto no Paraguai, fez um desabafo nas redes sociais ontem. Mari Laurete disse estar com o coração "esmagado" após a morte do filho.

"Meu filho sua vida foi como uma montanha russa, quanta saudade arrebenta meu coração esmagado de mãe, quantas coisas vivenciamos juntos, alegrias, tristezas, problema. Mamãe faria tudo de novo por uma segunda chance, mas o tempo não volta, sua partida foi precoce", escreveu ela.

Buosi foi encontrado morto com treze tiros, dentro de casa, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, na noite do último sábado (25). Segundo a polícia local, junto ao corpo foi encontrado um bilhete onde se lia o aviso: "não roubar na fronteira", assinado pelo grupo intitulado "Justiceiros da Fronteira".

Natural de Rondonópolis (MT), Rogério morava com a família em Araçatuba, no interior de São Paulo, e se mudou para o país vizinho em julho, supostamente a convite de amigos para trabalhar. Ele pretendia voltar ao Brasil em outubro. Ele foi enterrado ontem em Araçatuba.

"Ninguém conhecia sua história e suas dificuldades, mas vou lembrar de você com seu sorriso! Eu não sabia a proporção da dor de perder você! Te amo enquanto eu viver", completou a mãe.

Em uma postagem anterior, ela escreveu: "Eu nunca mais vou ouvir sua voz, que Deus perdoe seus pecados meu filho, e te receba, como muita gente não soube te receber".

O "Justiceiros de La Frontera" é um grupo conhecido por agir de forma organizada e matar pessoas que eles julgam suspeitas de praticarem furtos e roubos na região da fronteira do Paraguai com o Brasil.

Os crimes cometidos por eles são, na maioria das vezes, com uso de armas de fogo e o grupo faz questão de deixar bilhetes assumindo a autoria dos assassinatos. Os principais alvos, segundo eles, são pessoas com envolvimento com furtos, roubos ou tráfico de drogas.