Topo

Esse conteúdo é antigo

Negacionista da covid é preso suspeito de matar irmão que aplicava vacinas

Mãe de Jeffrey Burnham disse à polícia que estranhou o comportamento do assassino - Divulgação/Gabinete do Xerife do Condado de Allegheny
Mãe de Jeffrey Burnham disse à polícia que estranhou o comportamento do assassino Imagem: Divulgação/Gabinete do Xerife do Condado de Allegheny

Colaboração para o UOL

07/10/2021 12h19Atualizada em 08/10/2021 09h20

Um homem de 46 anos foi indiciado pelo assassinato do irmão, um farmacêutico que aplicava vacinas contra a covid-19. A cunhada e uma idosa também foram mortas. Segundo a polícia, ele confessou os crimes para um membro do corpo de bombeiros.

A motivação dos crimes ainda será investigada, mas testemunhas relataram que ele era contrário à imunização. Os EUA são o país com mais casos e mortes por covid-19 no mundo.

Jeffrey Burnham morava em Cumberland, no estado norte-americano de Maryland, e é suspeito de cometer os crimes em duas comunidades a mais de 160 km de sua casa. Ele responderá por triplo homicídio.

Os corpos do irmão Brian Robinette, de 58 anos, e da cunhada Kelly Sue Robinette, de 57, foram encontrados em casa na quinta-feira (30) em Ellicott City. A terceira vítima foi Rebecca Reynolds, de 83 anos, uma amiga da mãe do suspeito do crime.

Segundo as autoridades, Burnham pegou o Corvette do irmão e parou na casa de alguém pedindo gasolina após os assassinatos. Ele disse que a pessoa o veria na TV e que seu irmão estava "matando pessoas com as aplicações de vacina contra a covid". A fala levantou suspeita e foi então que a polícia estadual foi chamada.

A principal linha de investigação da polícia é a de que o suspeito cometeu os assassinatos porque acreditava que o irmão ajudava o governo a "envenenar" as pessoas aplicando as vacinas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda imunização como meio mais eficiente de controlar a epidemia do coronavírus e minimizar os efeitos da doença.

Em depoimento, a mãe do autor dos crimes disse que estranhou e chegou a desconfiar da sanidade mental do filho. Segundo ela, o filho dizia que o FBI estava atrás deles.