Ucrânia pede que Otan prepare sanções econômicas para impedir ataque russo
A Ucrânia pediu para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) preparar sanções econômicas contra a Rússia a fim de impedir uma possível invasão por milhares de soldados russos concentrados perto de sua fronteira. As informações são da Reuters.
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que faria o pedido aos demais chanceleres da Otan, que se reuniam pelo segundo dia na Letônia para discutir como responder à aproximação russa e evitar a pior crise nas relações entre Kiev e Moscou desde a Guerra Fria.
"Vamos pedir aos aliados que se unam à Ucrânia na preparação de um pacote de dissuasão", disse Kuleba a jornalistas ao chegar para as negociações em Riga, capital da Letônia.
O "pacote" deve incluir a preparação de sanções econômicas contra a Rússia, caso a nação liderada por Vladimir Putin "decida escolher o pior cenário possível", disse Kuleba, acrescentando que a Otan deve também aumentar a cooperação militar e de defesa com o país.
A Ucrânia não é membro da Otan, mas a aliança liderada pelos Estados Unidos já sinalizou que está empenhada em preservar a soberania da ex-república soviética, que estreita relações com o Ocidente desde 2014 e pretende entrar para a Otan e União Europeia.
Ontem, a Otan alertou que um ataque à Ucrânia terá um "preço alto" para a Rússia. "Haverá um alto preço para a Rússia pagar caso eles mais uma vez usem a força contra a independência da nação, a Ucrânia", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também sinalizou preocupação com os soldados russos próximos às fronteiras ucranianas.
"Quaisquer ações de intensificação da Rússia seriam uma grande preocupação para os Estados Unidos, como seriam para a Letônia, e qualquer nova agressão desencadearia consequências graves", disse.
Dois reforços de soldados russos neste ano nas fronteiras da Ucrânia alarmaram o Ocidente. Em maio, o número de militares chegou a 100 mil, o maior desde a anexação russa da Crimeia em 2014.
Moscou considera exageradas as insinuações ucranianas de que está preparando um ataque, disse que não ameaça ninguém e defende seu direito de mobilizar soldados em seu território como bem entender.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.