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Ucrânia pede que Otan prepare sanções econômicas para impedir ataque russo

2 jul. 2021 - Operação terrestre de soldados da Otan nas proximidades da Crimeia, na Ucrânia - StringerTASS via Getty Images
2 jul. 2021 - Operação terrestre de soldados da Otan nas proximidades da Crimeia, na Ucrânia Imagem: StringerTASS via Getty Images

Colaboração para o UOL

01/12/2021 08h48

A Ucrânia pediu para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) preparar sanções econômicas contra a Rússia a fim de impedir uma possível invasão por milhares de soldados russos concentrados perto de sua fronteira. As informações são da Reuters.

O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, disse que faria o pedido aos demais chanceleres da Otan, que se reuniam pelo segundo dia na Letônia para discutir como responder à aproximação russa e evitar a pior crise nas relações entre Kiev e Moscou desde a Guerra Fria.

"Vamos pedir aos aliados que se unam à Ucrânia na preparação de um pacote de dissuasão", disse Kuleba a jornalistas ao chegar para as negociações em Riga, capital da Letônia.

O "pacote" deve incluir a preparação de sanções econômicas contra a Rússia, caso a nação liderada por Vladimir Putin "decida escolher o pior cenário possível", disse Kuleba, acrescentando que a Otan deve também aumentar a cooperação militar e de defesa com o país.

A Ucrânia não é membro da Otan, mas a aliança liderada pelos Estados Unidos já sinalizou que está empenhada em preservar a soberania da ex-república soviética, que estreita relações com o Ocidente desde 2014 e pretende entrar para a Otan e União Europeia.

Ontem, a Otan alertou que um ataque à Ucrânia terá um "preço alto" para a Rússia. "Haverá um alto preço para a Rússia pagar caso eles mais uma vez usem a força contra a independência da nação, a Ucrânia", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, também sinalizou preocupação com os soldados russos próximos às fronteiras ucranianas.

"Quaisquer ações de intensificação da Rússia seriam uma grande preocupação para os Estados Unidos, como seriam para a Letônia, e qualquer nova agressão desencadearia consequências graves", disse.

Dois reforços de soldados russos neste ano nas fronteiras da Ucrânia alarmaram o Ocidente. Em maio, o número de militares chegou a 100 mil, o maior desde a anexação russa da Crimeia em 2014.

Moscou considera exageradas as insinuações ucranianas de que está preparando um ataque, disse que não ameaça ninguém e defende seu direito de mobilizar soldados em seu território como bem entender.