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Italiano é denunciado à polícia após tentar se vacinar com braço falso

A vacinação contra a doença é obrigatória para todos os profissionais de saúde na Itália - juststock/Istock
A vacinação contra a doença é obrigatória para todos os profissionais de saúde na Itália Imagem: juststock/Istock

Do UOL, em Brasília

04/12/2021 18h05Atualizada em 05/12/2021 17h17

Um homem de 50 anos, natural da região de Piemonte, no noroeste da Itália, foi denunciado à polícia depois de tentar usar um braço falso, feito com silicone, com objetivo de simular a vacinação contra a covid-19.

Segundo informações das agências Reuters, AFP e Ansa, o intuito era obter um certificado de imunização sem se submeter de fato à aplicação da dose.

"O caso beiraria o ridículo se não estivéssemos falando de um gesto de enorme gravidade, inaceitável diante do sacrifício que a pandemia está fazendo toda a nossa comunidade pagar, em termos de vidas humanas e custos sociais e econômicos", afirmou hoje o governador da região de Piemonte, Alberto Cirio, em postagem no Facebook.

O homem em questão se apresentou na quinta-feira à noite em um centro de vacinas da cidade de Biella, em Piemonte, com a ideia de enganar os profissionais da saúde.

A cor do braço falso e a sensação atípica do tato no momento da aplicação geraram suspeitas na enfermeira encarregada de aplicar a vacina. A profissional solicitou então que o homem retirasse a camisa, momento em que ele foi flagrado utilizando a prótese de silicone improvisada.

Depois, de acordo com a AFP, o italiano pediu à enfermeira que agisse como se não tivesse visto nada, o que ela se recusou a fazer e avisou aos seus colegas. "Terá que responder na Justiça", afirmou o governador de Piemonte.

A agência de notícias Ansa informou que o homem, que não foi identificado e tem cerca de 50 anos, trabalha na área da saúde e havia sido suspenso do trabalho por se recusar a ser vacinado contra a Covid.

A vacinação contra a doença é obrigatória para todos os profissionais de saúde na Itália.

O governo italiano foi o primeiro a tornar compulsória a imunização de profissionais de saúde, decisão seguida pelas administrações da França, da Hungria e da Grécia. Também aprovou a obrigatoriedade de comprovantes de vacinação para a entrada em vários locais públicos, como outros países.