'Em nome de Deus, renuncie', diz ex-ministro a Boris; premiê descarta sair
O premiê britânico, Boris Johnson, continua enfrentando críticas e pressão dentro do próprio partido para que se posicione sobre as festas realizadas na residência oficial do governo durante um bloqueio imposto, em 2020, para conter a onda da pandemia no país.
Hoje, o ex-ministro do Reino Unido David Davis juntou-se ao coro que pede a renúncia do atual premiê, Boris Johnson. "Você já ficou mais tempo do que deveria aqui. Então, em nome de Deus, vá", disse hoje.
Davis afirmou que Johnson não assumiu a responsabilidade por suas ações, durante festas realizadas em Downing Street. O veterano disse a Johnson que passou semanas defendendo-o de "eleitores furiosos", inclusive lembrando-os dos sucessos do Brexit no país.
"Espero que meus líderes assumam a responsabilidade pelas ações que tomam. Johnson fez o oposto disso", disse.
A declaração ocorreu depois que o deputado conservador Christian Wakeford pedir a Johnson que deixe o cargo. Christian estava entre os parlamentares que escreveram uma carta de desconfiança no primeiro-ministro a Sir Graham Brady, presidente do comitê de conservadores.
O primeiro-ministro disse que "não sabia do que [Davis] está falando", mas insistiu que assumiu "total responsabilidade por tudo que foi feito neste governo e durante a pandemia".
Johnson afirma que não foi informado da festa que desencadeou a crise política em seu governo. Mas para Davis, essa declaração é uma tentativa de fugir da responsabilidade. "E isso é um teste de liderança para mim, afirmou.
Boris diz que fica no cargo
O primeiro-ministro rebateu repetidos pedidos de renuncia durante a sessão da Câmara. Questionado hoje se renunciará, Johnson disse que as pessoas devem aguardar o resultado de um inquérito sobre supostas festas.
Em uma carta a Johnson, o deputado do Bury South Wakeford disse: "Você e o Partido Conservador como um todo se mostraram incapazes de oferecer a liderança e o governo que este país merece".
Se 54 dos 360 parlamentares conservadores enviarem cartas a Sir Graham expressando desconfiança em Johnson, isso pode desencadear uma eleição interna para a substituição do atual premiê.
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