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EUA ordenam retirada de soldados que mantinham na Ucrânia

1.fev.2022 - O porta-voz do Pentágono, John Kirby - Nicholas Kamm/AFP
1.fev.2022 - O porta-voz do Pentágono, John Kirby Imagem: Nicholas Kamm/AFP

Do UOL, em São Paulo*

12/02/2022 12h29Atualizada em 12/02/2022 12h47

Os Estados Unidos ordenaram a retirada de quase todos os soldados que mantinham estacionados na Ucrânia para "reposicioná-los para outros lugares da Europa", anunciou o porta-voz do Pentágono, John Kirby, hoje.

O secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, decidiu transferir 160 soldados da Guarda Nacional da Flórida "que assessoravam e treinavam as forças ucranianas", disse o comunicado, no momento em que Washington fala da possibilidade iminente de uma invasão russa da Ucrânia.

As autoridades, falando sob condição de anonimato à agência Reuters, disseram que a decisão foi tomada depois que o Departamento de Estado ordenou que alguns funcionários da embaixada dos EUA na Ucrânia saíssem.

Ainda não estava claro onde os soldados seriam reposicionados.

"Este reposicionamento não constitui uma mudança em nossa determinação de apoiar as forças ucranianas, mas dará flexibilidade para tranquilizar nossos aliados e evitar qualquer agressão", acrescentou Kirby.

Desde 2015, os reservistas da Guarda Nacional dos Estados Unidos se revezam para treinar o Exército ucraniano junto com os soldados de outros países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), principalmente canadenses e alemães.

Os Estados Unidos descartaram o envio de tropas para defender a Ucrânia, mas aumentaram os deslocamentos para países membros da Otan na Europa Oriental, e ontem o Pentágono ordenou o envio de mais 3 mil soldados à Polônia.

No início deste sábado, a embaixada dos EUA em Kiev ordenou a saída de seu pessoal não essencial. Vários países recomendaram a seus cidadãos que deixem a Ucrânia.

Invasão pode ocorrer na quarta-feira, diz jornal

Os Estados Unidos obtiveram informações que a Rússia está discutindo a próxima quarta-feira (16) como a data prevista para o início da ação militar na Ucrânia, disseram autoridades ouvidas pelo jornal The New York Times. Os oficiais reconheceram, no entanto, a possibilidade de que mencionar uma data específica possa ser parte de um esforço russo de desinformação.

Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Joe Biden, dos Estados Unidos, falarão por telefone hoje depois que Washington disse que a Rússia havia reunido soldados suficientes perto da Ucrânia para lançar uma grande invasão, que provavelmente começaria com um ataque aéreo.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou os Estados Unidos de quererem provocar um conflito na Ucrânia com suas acusações de uma iminente invasão russa.

* Com informações da AFP e Reuters