Presidente da Ucrânia diz que alertas sobre invasão russa geram pânico
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que as advertências de um ataque russo a seu país "provocam pânico e não são úteis" e pediu provas concretas de uma invasão.
As declarações do presidente ucraniano surgem depois de o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alertar que uma invasão "pode acontecer a qualquer momento".
Citando fontes do governo dos Estados Unidos, o jornal The New York Times colocou quarta-feira (16) como a data prevista para o início da ação militar na Ucrânia.
As autoridades ucranianas tentam minimizar as perspectivas de uma guerra total por causa pelos efeitos devastadores que ela pode ter na economia e na população.
"Entendemos os riscos. Entendemos que há riscos", disse o presidente à imprensa.
"Mas neste momento, o maior inimigo é o pânico no país. E todas essas informações estão causando pânico e não estão nos ajudando", disse o líder ucraniano à imprensa, acrescentando que, se alguém tiver dados adicionais sobre uma invasão, deve entregá-los.
Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Joe Biden, dos Estados Unidos, falarão por telefone hoje depois que Washington disse que a Rússia havia reunido soldados suficientes perto da Ucrânia para lançar uma grande invasão, que provavelmente começaria com um ataque aéreo.
Após os Estados Unidos voltarem a dizer que uma guerra na Ucrânia é "iminente" e a anunciar mais militares para países que fazem parte da região, a Rússia chamou as declarações de "histeria" e de "alarmismo" hoje e acusou Washington de querer fazer um conflito.
Vários países já pediram que seus cidadãos deixem a Ucrânia.
* Com informações da AFP
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