Mãe de gêmeos, marinheira e alegre: Quem é a brasileira morta em Bariloche
"Cheia de planos", "alto astral" e "sempre com sorriso no rosto" foram algumas das características usadas para descrever a brasileira Eduarda dos Santos Almeida em homenagem póstuma feira pela mãe dela, Maria Rosália Bezerra.
A jovem, de 27 anos, foi assassinada com nove tiros em Bariloche na última quarta-feira (16). O companheiro da vítima, Fernando Alves Ferreira, com quem ela teve dois dos três filhos, assumiu a autoria do crime.
Entre os traços perceptíveis facilmente apontados sobre Eduarda, o estilo 'mãezona' é um dos determinantes. Ela deixa duas meninas e um menino, dois deles gêmeos.
"Toda mãe deseja o melhor para o seu filho. É com esse pensamento que eu tenho seguido em frente", chegou a escrever em uma das publicações públicas em uma rede social.
A família da jovem se dividia entre Volta Redonda, Maringá e Bariloche, para onde ela tinha se mudado. Gostava de se deslocar entre cidades e viajar. Em uma de suas fotos, aparece na neve com a descrição "viaje longe o suficiente para encontrar-se".
Bastante ligada ao Rio de Janeiro, era apaixonada pelo Flamengo e postava imagens em Angra dos Reis. Em agosto de 2021 aparece comemorando o feito de se tornar "marinheira habilitada", como descreve.
Nas redes sociais, o companheiro, Fernando Ferreira, não aparece entre as fotos públicas.
Crime
O corpo de Eduarda foi encontrado por um turista que percorria o caminho para chegar ao mirante do Lago Escondido, ponto turístico de Bariloche, na última quarta-feira (16). Ela foi alvejada por nove tiros.
De acordo com a polícia argentina, Fernando Alves Ferreira confessou o crime. Ele foi preso com um carro no qual foram encontradas manchas de sangue da vítima.
A reconstituição indica que os dois percorreram o caminho em direção ao mirante do lago Escondido, na rota turística do Circuito Chico, em um Chevrolet Joy. Ferreira estava na condução e Eduarda no banco do passageiro. Então, ele estacionou o veículo e efetuou os disparos com uma arma, deixou a mulher morta no local e fugiu.
Fernando se entregou à polícia. Ele alegou "legítima defesa" em relação a agressões que teria sofrido. O homem expressou, ainda, o desejo de que os filhos fiquem em território argentino, alegando que o Rio de Janeiro seria um lugar perigoso e com "muitos traficantes".
"Voltar ao Brasil não era uma opção. Eu não fugi porque não quis, eu poderia ter feito isso. Aqui, meus filhos estão protegidos", disse o suspeito.
Campanha
O irmão de Eduarda, Wallace Oliveira, se prepara para embarcar para a Argentina para resolver trâmites da liberação do corpo da vítima. Parte dos custos vêm de uma campanha para arrecadação de verbas, lançada nas redes sociais, para viabilizar o traslado de Eduarda para o Brasil.
Não há até o momento informações sobre quanto dinheiro foi levantado. Os três filhos dela estariam em uma casa de acolhimento de Bariloche e a ideia da família é também trazê-los ao Brasil.
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