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Putin: Uso da Ucrânia como instrumento de confronto é séria ameaça à Rússia

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirma que analisa pedido de independência de territórios separatistas na Ucrânia - Thibault Camus/Pool via Reuters
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirma que analisa pedido de independência de territórios separatistas na Ucrânia Imagem: Thibault Camus/Pool via Reuters

Do UOL*, em São Paulo

21/02/2022 12h39

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou hoje que o uso da Ucrânia como instrumento de confronto é uma "ameaça séria". Nos últimos dias, a tensão na região aumentou em meio a acusações de que Moscou se prepara para invadir o país vizinho.

"Usar a Ucrânia como instrumento de confronto com nosso país é uma ameaça séria e muito grande para nós", disse ele durante reunião do conselho de segurança russo.

No começo do mês, o presidente russo já havia dito que os Estados Unidos estariam usando a Ucrânia como instrumento para impor mais sanções ao país.

Putin também disse hoje que está estudando o pedido de independência de dois territórios do leste da Ucrânia, e que não há perspectiva de que os acordos de Minsk sejam aplicados para resolver o conflito na região. Assinados entre 2014 e 2015, os tratados estabelecem um cessar-fogo entre ucranianos e separatistas pró-Rússia.

Caso a Rússia dê esse passo, poderá abrir caminho para que Moscou envie abertamente forças militares para ambas as regiões, usando o argumento de que está intervindo como um aliado para protegê-los contra a Ucrânia.

A medida já foi condenada pela União Europeia e pelos Estados Unidos. O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, disse que a medida seria ilegal e levaria a uma resposta rápida.

"A promulgação dessa resolução prejudicaria ainda mais a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, constituiria uma violação grosseira do direito internacional, colocaria em questão o compromisso declarado da Rússia de continuar a se envolver na diplomacia para alcançar uma resolução pacífica dessa crise", disse Blinken na última quarta-feira (16).

*Com AFP