Rússia tem quase 100% das forças necessárias para invadir Ucrânia, diz EUA
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, já está preparado para uma invasão em larga escala na Ucrânia. A informação é de um alto funcionário do governo dos Estados Unidos, que garantiu que o russo tem "cerca de 100%" das forças militares necessárias já em posição".
"[Putin] dispõe de quase 100% do conjunto de forças que havíamos calculado que ele poderia mobilizar", disse o funcionário do Departamento de Defesa dos EUA, sob condição de anonimato.
De acordo com as informações, 80% dos mais de 150 mil soldados russos presentes nas fronteiras da Ucrânia estão organizados em posição de ataque. Com isso, segundo o informante, a decisão de atacar ou não o país vizinho "está nas mãos de Putin".
"Eles podem começar a qualquer momento", reforçou.
Hoje, a Rússia moveu tropas e tanques para a fronteira leste da Ucrânia, os mesmos locais que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu, anteontem, como territórios independentes.
"De acordo com as informações à minha disposição, Putin está movendo forças e tanques adicionais para os territórios ocupados de Donbass", disse o primeiro-ministro da Letônia, Arturs Krisjanis Karins, à CNN Internacional.
Segundo a emissora, a informação foi confirmada por fontes da inteligência dos EUA. "Por qualquer definição, isso é uma travessia de um território soberano para um país vizinho", completou o premiê.
Donbass é a região onde estão localizadas as autoproclamadas repúblicas autônomas de Donetsk e Lugansk, que, além de terem sido reconhecidas por Putin, começaram a receber militares russos após o presidente afirmar que enviaria missões de paz.
O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, John Kirby, informou que os EUA também acreditam que mais forças militares russas "estão se movendo para as regiões de Donetsk e Luhansk". Durante uma entrevista coletiva de imprensa na tarde de hoje, porém, ele disse que o Pentágono não pode confirmar detalhes.
"Não podemos confirmar com grande especificidade os números, quais são as formações, quais são as capacidades, mas certamente acreditamos que isso está acontecendo", disse Kirby.
Mais cedo, um alto funcionário dos EUA disse à CNN Internacional, a Rússia mobilizou de um a dois grupos táticos de batalhão, cada um com uma média de cerca de 800 soldados.
Ontem, o presidente dos EUA, Joe Biden, descreveu os últimos movimentos de Moscou como "o início de uma invasão russa", mas considerou ainda ser possível evitar "o pior".
* Com AFP
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