A invasão da Rússia à Ucrânia na imprensa mundial: 'Putin declara guerra'
A invasão da Rússia à Ucrânia é notícia nos principais veículos de comunicação do mundo. O jornal norte-americano New York Times diz que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai anunciar ainda hoje sanções ainda mais severas após a decisão de Putin. "O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que trará uma perda catastrófica de vidas e sofrimento humano."
Já o The Guardian, um dos principais jornais do Reino Unido, noticia os protestos internacionais em meio a decisão de Moscou de invadir a Ucrânia. A União Europeia, por exemplo, se comprometeu a impor sanções "maciças" que causarão graves consequências à Rússia.
A CNN também destaca a invasão russa e mostra que a Ucrânia já deu início ao corte de relações diplomáticas com a Rússia. Os ucranianos, inclusive, já iniciaram a evacuação da embaixada em Moscou.
O jornal inglês The Sun destaca em seu site "Putin declara guerra" e mostra que a ordem de invasão do presidente russo, Vladimir Putin, avança enquanto centenas de ucranianos são mortos.
Ontem, Biden já havia anunciado medidas contra os russos, como penalidades ao gasoduto Nord Stream 2, que já havia recebido sanções da Alemanha. As penas são direcionadas à empresa suíça Nord Stream 2 AG e aos diretores corporativos.
Milhares de civis podem morrer na Ucrânia
Reportagem do jornal norte-americano The Washington Post mostra que, se a invasão russa continuar avançando na Ucrânia, milhares de civis devem morrer. Autoridades dos Estados Unidos estimam que um grande ataque pode deixar até 50 mil civis mortos ou feridos, enquanto as nações ocidentais alertam sobre a intenção de Putin de se aprofundar no antigo estado soviético.
O tabloide britânico The Mirror informa que, mais tarde, o primeiro-ministro Boris Johnson fará um pronunciamento na TV sobre a invasão da Rússia à Ucrânia. Às 17h, ele faz uma declaração ao Parlamento.
"Espera-se que ele revele um novo pacote de sanções 'severas' depois que a ação tomada nesta semana contra cinco bancos russos e três oligarcas não foi considerada boa o suficiente", diz o texto.
O francês Le Monde destaca que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) quer implantar forças terrestres e aéreas para proteger aliados. O jornal também noticia que o presidente Emmanuel Macron fará um pronunciamento à nação em breve.
O jornal argentino mostra que a invasão russa na Ucrânia já é completa. "A invasão do país já está completa, pois as tropas russas estão entrando da Bielorrússia, ao norte, e da península da Crimeia, ao sul, sem contar que já estão na região de Donbass, no leste", diz a reportagem.
O espanhol El País destaca a invasão russa à Ucrânia e noticia o decreto ucraniao que institui a lei marcial. O jornal argentino Clarín também destaca em sua manchete a ordem de Putin para invadir território ucraniano.
Registro de explosões e ataques
Após o início das mobilizações russas, houve registro de explosões e ataques a unidades de fronteiras ucranianas, além de movimentações de tanques. As ofensivas da Rússia fizeram as sirenes de emergência dispararem na Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky adotar lei marcial no país.
Em comunicado divulgado horas após os ataques russos, o Kremlin declarou que a operação militar contra a Ucrânia durará o tempo que for necessário, dependendo de seus "resultados" e de sua "relevância", estimando que os russos apoiarão tal ofensiva.
Os ataques começaram após Putin ter dado sinal verde àquilo que definiu como "operação militar especial" da Rússia no leste da Ucrânia e mandar recado para aqueles que tentarem intervir. O anúncio foi feito por Putin, na noite de ontem, durante um pronunciamento transmitido em cadeia nacional.
Putin descreveu a medida como uma resposta às ameaças ucranianas e disse que visa a "desmilitarização e a desnazificação".
A Rússia tem mais de 150 mil soldados, tanques e mísseis posicionados ao longo da fronteira ucraniana. O regime de Vladimir Putin —que, inicialmente, negou a intenção de invasão e acusou americanos de "histeria"— reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
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