Rússia prende mais de 1700 pessoas que protestavam contra guerra na Ucrânia
Cidadãos estão sendo detidos pelas forças policiais da Rússia ao protestarem contra o conflito armado na Ucrânia. Até agora, foram registradas mais de 1700 detenções, em 54 cidades, segundo um levantamento feito pela ONG de direitos humanos, OVD-info. Metade das abordagens aconteceu em Moscou.
A polícia russa prendeu dezenas de pessoas hoje na praça Pushkin, em Moscou, enquanto em São Petersburgo, a antiga capital imperial, cerca de 20 pessoas foram detidas.
Os protestos contra a guerra realizados por cidadãos russos foram proibidos pelo presidente Vladimir Putin. As informações emitidas pelo Comitê de Investigação do país e divulgadas pela CNN.
"Em conexão com a disseminação de pedidos de participação em tumultos e comícios relacionados à situação tensa da política externa", o comunicado do comitê alertou contra as "consequências legais negativas dessas ações, que incluem processos e até responsabilidade criminal".
Em tom de ameaça, o comitê policial disse que antecedentes criminais trazem consequências negativas e que deixam uma "marca no futuro da pessoa".
Podolyak diz que Rússia tomou Chernobyl
A Rússia conseguiu tomar o controle da usina nuclear de Chernobyl, segundo Mykhailo Podolyak, conselheiro do gabinete presidencial ucraniano.
"É impossível dizer se a usina nuclear de Chernobyl está segura após um ataque totalmente sem sentido dos russos", disse. "Essa é uma das ameaças mais sérias na Europa agora".
Na visão de Podolyak, as ações da Rússia contra a Ucrânia na região têm cunho "terrorista".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também denunciou a intenção dos militares russos, após a informação de que tropas russas vindas de Belarus entraram numa área próxima à antiga usina.
Ucranianos fogem do país
Milhares de pessoas que residem na Ucrânia estão fugindo do país por conta da guerra instaurada pela Rússia. A União Europeia estima que mais de um milhão de pessoas possam chegar às nações que fazem fronteira com a Ucrânia nos próximos dias.
A Comissão Europeia já se prontificou a fornecer ajuda humanitária, informando que está disposta a receber um número ilimitado de refugiados.
A ajuda humanitária foi informada pela presidente da comissão, Ursula von der Leyen, que se prontificou a fornecer asilo e "total assistência" aos cidadãos, além de anunciar o suporte financeiro à Ucrânia no valor de 1 bilhão de euros.
Operação militar autorizada por Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma "operação militar especial" no leste da Ucrânia por volta das 5h45 de hoje (23h45 de ontem, no Brasil).
"Tomei a decisão de conduzir uma operação militar especial. Nossa análise concluiu que nosso confronto com essas forças [ucranianas] é inevitável (...) Algumas palavras para aqueles que seriam tentados a intervir: a Rússia responderá imediatamente e você terá consequências que nunca teve antes em sua história", disse o presidente russo em pronunciamento transmitido em cadeia nacional.
Durante a madrugada, a Ucrânia confirmou que a Rússia havia iniciado os ataques contra o seu território. O exército russo afirma que separatistas localizados no leste ucraniano estão tomando controle de territórios.
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