Rússia foi expulsa do Conselho da Europa, diz ministro italiano
A participação da Rússia no Conselho da Europa foi suspensa após a invasão da Ucrânia, disse hoje o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio. A Rússia fazia parte do grupo desde 1996.
"O Comitê de Ministros do Conselho da Europa, do qual a Itália detém a presidência, tomou a decisão de excluir a Federação Russa de sua adesão", disse Di Maio em comunicado.
O grupo é uma entidade separada da União Europeia, da qual a Rússia não faz parte. Atualmente, 47 países integram o conselho, incluindo os 27 da União Europeia, e seis nações observadoras (Canadá, Estados Unidos, Israel, Japão, México e Santa Sé).
"A Itália considera isso uma medida necessária à luz da agressão militar inaceitável da Rússia contra a Ucrânia, o que constitui uma grave violação do direito internacional", acrescentou o italiano.
O Conselho da Europa foi formado após a Segunda Guerra Mundial para proteger os direitos humanos e o Estado de direito em todo o continente.
Alemanha 'aberta' a cortar Rússia do Swift
O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, disse hoje que o governo está "aberto" à possibilidade cortar a Rússia do sistema internacional de bancos Swift. A Ucrânia defende essa medida contra a Rússia.
"Devemos intensificar as sanções contra a Rússia e que estamos abertos a cortar a Rússia do sistema de pagamentos internacionais Swift. Só porque estamos pensando nas consequências de cortar a Rússia do Swift não significa que somos contra" disse Lindner.
A declaração vem depois de o presidente Joe Biden, ter dito ontem que os EUA e a Europa estão unidos em seus esforços para enfrentar a agressão russa à Ucrânia com sanções agressivas. No entanto, houve uma área em que ele sugeriu discordância: a exclusão da Rússia do sistema financeiro Swift.
O serviço de mensagens belga, formalmente conhecido como Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunications, conecta mais de 11.000 instituições financeiras em todo o mundo. É visto como uma potencial opção nuclear no mundo das sanções porque, se a Rússia fosse expulsa da Swift, a nação seria essencialmente separada de grande parte do sistema financeiro global.
Mas fazer isso não seria simples e poderia vir com seu próprio conjunto de complicações para países fora da Rússia, muitos dos quais dependem do país para energia, trigo e outras commodities. Isso deixou algumas nações apreensivas em puxar o gatilho para a medida.
A Swift é uma cooperativa global de instituições financeiras que começou em 1973, quando 239 bancos de 15 países se reuniram para descobrir a melhor forma de lidar com pagamentos internacionais.
Esse sistema não detém ou transfere fundos, mas permite que bancos e outras empresas financeiras alertem uns aos outros sobre transações que estão prestes a ocorrer.
Bloquear a Rússia do Swift restringiria a capacidade do Kremlin de realizar transações financeiras internacionais, forçando importadores, exportadores e bancos a encontrar novas maneiras de transmitir instruções de pagamento.
Por causa da forte dependência da Europa das exportações russas de energia, dizem analistas, há uma relutância entre alguns líderes da zona do euro em dar esse passo e arriscar essas compras, tornando os negócios com a Rússia mais caros e complicados.
Reino Unido também quer Rússia fora
O primeiro-ministro Boris Johnson, do Reino Unido, tem pressionado para que a Rússia seja removida do Swift, enquanto o chanceler Olaf Scholz, da Alemanha, disse que tal medida não deveria ser incluída em um pacote de sanções da União Europeia.
Biden argumentou ontem que as sanções impostas pelos EUA às instituições financeiras russas seriam tão importantes quanto retirar a Rússia da Swift. Na avaliação dele, expulsar a Rússia da plataforma continua sendo "uma opção", mas que a maior parte da Europa se opõe a tal medida por enquanto.
"É sempre uma opção", disse Biden. "Mas, no momento, essa não é a posição que o resto da Europa deseja adotar.
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