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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Prefeita após Rússia atacar cidade próxima a Kiev: 'Noite será difícil'

Do centro de Kiev foi possível ver o céu iluminado após explosões na noite de domingo (27), no horário local - Reprodução/Twitter
Do centro de Kiev foi possível ver o céu iluminado após explosões na noite de domingo (27), no horário local Imagem: Reprodução/Twitter

Beatriz Gomes

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

26/02/2022 22h20Atualizada em 27/02/2022 01h45

A prefeita da cidade de Vasylkiv, a cerca de 40 quilômetros ao sul de Kiev, capital da Ucrânia, Natalia Balasynovych, afirmou que a refinaria de petróleo na região foi atingido por um ataque da Rússia durante a madrugada de domingo (27), no horário local. Balasynovych declarou que esta será uma "noite difícil". As informações são da CNN Internacional.

"A noite será difícil aqui, assim como em Kiev, mas vamos nos manter firmes e vencer, porque Deus está conosco", disse Balasynovych.

Segundo a prefeita, em transmissão ao vídeo no Facebook, a cidade já havia sofrido com bombardeios de mísseis balísticos russos durante o sábado (26). A Fox News também noticiou que um canal do governo no Telegram informou que um míssil atingiu a refinaria.

"Você pode ver o que está acontecendo, você pode ver o fogo — infelizmente, este é a refinaria de petróleo na vila de Kriachky. O inimigo quer destruir tudo ao redor, mas ele não terá sucesso. Você viu isso durante o dia houve bombardeio pesado de mísseis balísticos. Nosso aeródromo também foi bombardeado, mas conseguimos, está sob controle da Ucrânia", declarou a prefeita.

As autoridades ucranianas pediram para que os cidadãos que estão na capital, em Vasylkiv e arredores para ficarem em casa e fecharem bem as suas janelas, pois o vento pode levar fumaça e substâncias nocivas causadas pelo bombardeio e explosão da refinaria de petróleo.

"Você sente cheiro de fumaça? Use máscaras molhadas imediatamente, isole as aberturas das janelas e portas com um pano úmido", esclarece um dos textos divulgados pelas autoridades.

Gasoduto pega fogo em Kharkiv

Segundo o The Guardian, também há relatos de que um gasoduto pegou fogo em Kharkiv, a cerca de 461 quilômetros de Kiev, após um ataque russo.

"A filmagem mostra um gasoduto em chamas em Kharkiv após um ataque russo. Vídeo: Serviço de Comunicações Especiais do Estado da Ucrânia", divulgou o Kyiv Independent no Twitter.

Segundo as autoridades ucranianas, apesar das imagens, o incêndio no gasoduto de Kharkiv "NÃO é um ataque nuclear, embora a explosão seja visualmente semelhante a ele".

Assista ao vídeo das chamas no gasoduto de Kharkiv:

Jornalistas se protegem em abrigos

Jornalistas que estão em Kiev relataram na noite de sábado (26) nas redes sociais que ouviram sirenes de guerra sendo disparadas na madrugada de domingo (horário local) e se encaminharam para abrigos. Na ocasião, havia relatos de um possível ataque aéreo da Rússia na região, o que não ocorreu até o momento.

O apresentador Mark Austin, do canal de televisão Sky News, escreveu no Twitter que estava se deslocando para um porão em razão de um aviso de um "sério ataque aéreo".


Sérgio Utsch, correspondente europeu da rede de televisão SBT, afirmou que informações apontam que Kiev pode sofrer "o pior bombardeio desde o início da invasão russa".

"Sirene tocou de novo. Notícias que chegam de fontes oficiais é que Kiev está a ponto de sofrer o pior bombardeio desde o início da invasão russa. Estamos descendo para o abrigo antiaéreo."

Lesia Vasylenko, deputada do Conselho Supremo da Ucrânia, declarou que a expectativa é que Kiev será atingida pela Rússia "com tudo o que eles têm".

Rússia anuncia expansão da ofensiva para todas as direções

O Exército da Rússia recebeu no sábado (26) ordens para expandir sua ofensiva contra a Ucrânia. A decisão acontece, segundo os russos, devido às rejeições de Kiev para negociações, o que os ucranianos negam.

"Hoje, todas as unidades receberam a ordem de ampliar a ofensiva em todas as direções, de acordo com o plano de ataque", declarou o Ministério da Defesa russo, em um comunicado.

O governo de Vladimir Putin pediu, ainda, segundo informações de veículos internacionais, que os ucranianos estimulem a Ucrânia a "remover imediatamente todo o armamento pesado das áreas urbanas".

O governo russo havia dito mais cedo que a Ucrânia se recusou a negociar.

"Ontem, à luz das negociações pendentes com a liderança ucraniana, o presidente da Rússia ordenou a suspensão do avanço do principal grupo de soldados russos na Ucrânia. Mas, como o lado ucraniano se recusou a negociar, a operação militar russa foi retomada hoje [sábado (26)], conforme o plano inicial", disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

A informação foi negada pela Ucrânia. "A Ucrânia e o presidente [Volodimir] Zelensky são categoricamente contrários a quaisquer condições inaceitáveis ou ultimatos feitos pelo lado russo", disse o chefe de gabinete ucraniano, Mikhail Podolyak, segundo o jornal britânico The Guardian.