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Guerra da Rússia-Ucrânia

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'Não baixaremos as armas, esta é nossa terra', diz presidente da Ucrânia

Do UOL, em São Paulo

26/02/2022 05h06Atualizada em 26/02/2022 06h04

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descartou neste sábado (26) a possibilidade de rendição aos ataques da Rússia, que hoje chegaram ao terceiro dia. A declaração, publicada em vídeo nas redes sociais, acontece um dia depois de um porta-voz de Zelensky anunciar que a Ucrânia havia aceitado negociar um cessar-fogo.

"Estou aqui. Não baixaremos as armas. Vamos defender nosso país, porque nossa arma é a verdade, e nossa verdade é que esta é nossa terra, nosso país, são nossas crianças. E vamos defender tudo isso. É isso. Era o que eu queria dizer a vocês. Glória à Ucrânia", disse Zelensky, segundo tradução para o inglês feita pela CNN.

Mais tarde, em outra publicação, o presidente ucraniano ainda informou ter conversado com o francês Emmanuel Macron.

"Um novo dia na frente diplomática começou com uma conversa com Emmanuel Macron. Armas e equipamentos de nossos parceiros chegarão até nós. A coalizão anti-guerra está funcionando!", escreveu Zelensky.

Ontem (25), o governo dos Estados Unidos afirmou que está preparado para ajudar Zelensky a deixar a Ucrânia e evitar que ele seja capturado ou morto pelas forças russas. A informação é do jornal americano The Washington Post, que ouviu fontes da Ucrânia e dos EUA.

Especialistas consultados pelo UOL apontaram três cenários possíveis para o destino de Zelensky: fuga para um país aliado, captura pelos russos — que historicamente já fizeram reféns governantes de nações anexadas — e a morte no confronto.

Ajuda da União Europeia

Volodymyr Zelensky também anunciou ter discutido com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, uma ajuda da União Europeia aos soldados ucranianos. Ele não entrou em detalhes, mas citou que os combatentes estão lutando "com as armas em mãos", sugerindo serem necessárias mais armas e munições.

"A Ucrânia está lutando contra o invasor com as armas em mãos, defendendo sua liberdade e o futuro da Europa. Discuti com Ursula von der Leyen [a possibilidade de] uma assistência efetiva da União Europeia para o nosso país nesta batalha heroica. Acredito que a UE também escolherá a Ucrânia", afirmou o presidente ucraniano.

Ministro quer 'isolar' Rússia

Prédio em Kiev - Gleb Garanich/Reuters - Gleb Garanich/Reuters
Bombeiros apagam incêndio em frente a prédio atingido por bombas russas, em Kiev
Imagem: Gleb Garanich/Reuters

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, repudiou os novos ataques russos à capital Kiev, que neste sábado (26) atingiram um prédio residencial (foto acima). Ele pediu que o mundo "isole completamente" a Rússia para parar os "criminosos de guerra".

"Kiev, nossa linda e pacata capital, passou outra noite sob os ataques das forças e dos mísseis russos. Um deles atingiu um prédio residencial em Kiev. Peço que o mundo isole completamente a Rússia. Expulsem embaixadores. [Adotem] Embargo contra o petróleo [russo]. Destruam a economia russa. Parem os criminosos de guerra da Rússia!", publicou.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL